Ansiedade atinge 69% dos consumidores com dívidas atrasadas

A inadimplência afeta a vida profissional, já que 25% dos inadimplentes admitiram ficar mais desatentos e menos produtivos, alta de 9 pontos percentuais em relação a 2016

Postado em: 19-10-2017 às 11h45
Por: Márcio Souza
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A inadimplência afeta a vida profissional, já que 25% dos inadimplentes admitiram ficar mais desatentos e menos produtivos, alta de 9 pontos percentuais em relação a 2016

O percentual de consumidores
brasileiros que sofrem de ansiedade por causa de dívidas atrasadas por mais de
90 dias subiu de 60%, em setembro do ano passado, para 69% no mesmo mês deste
ano, segundo levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Outros sentimentos apontados
pelos consumidores inadimplentes são insegurança (65%), estresse (64%),
angústia (61%), desânimo (58%), culpa (57%), baixa autoestima (56%) e vergonha
perante a família e amigos (51%). Os principais efeitos incluem ficar
facilmente irritado (52%) ou mal-humorado (49%), além de ter menos vontade de
sair e socializar (45%).

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A inadimplência afeta a vida
profissional, já que 25% dos inadimplentes admitiram ficar mais desatentos e
menos produtivos, alta de 9 pontos percentuais em relação a 2016. Ainda, 21%
disseram que perdem a paciência e se irritam com facilidade ao lidar com
colegas no serviço.

Vícios

Inadimplentes também recorrem a
vícios. Pelo menos 21% deles admitiram descontar os problemas no cigarro, em
comida ou no álcool. Enquanto alguns sofrem de insônia (44%) e descontam a
ansiedade comendo mais (34%), outros acabam desenvolvendo atitudes contrárias,
como perda de apetite (35%) e vontade fora do normal de dormir (36%).

Foram constatadas também atitudes
agressivas em 18% dos consumidores com dívidas, sendo que 14% apelaram para
agressões físicas. O maior temor com relação às pendências atrasadas é não
conseguir pagá-las (36%), ser considerado desonesto pelas pessoas (11%), não
conseguir parcelas compras (9%), não arrumar emprego (9%) e não poder mais
fazer empréstimos (7%).

Economia

Tentando sanar as contas no
vermelho, 76% dos inadimplentes disseram ter deixado de fazer compras
parceladas usando cheques, cartões e carnês. Além disso, 74% fizeram cortes ou
ajustes no orçamento e 47% deixaram de comprar itens de primeira necessidade.

Nem todos, porém, optaram por
economizar, já que 45% admitiram que não deixaram de comprar alimentos
supérfluos (como iogurtes, congelados e bebidas) e 36% não deixaram de sair
para se divertir. Os que não abrem mão de adquirir, de forma parcelada, roupas
e calçados são 29% dos endividados. 

Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução

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