Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 82% das grandes empresas pretendem investir neste ano. O estudo levantou que 35% desses investimentos serão voltados para melhorias do processo produtivo e 33% para o aumento da capacidade de produção, com a aquisição de novas máquinas e tecnologias.
“Essa alta sinalização sugere a expectativa de consolidação da forte recuperação da atividade industrial após o período mais crítico da pandemia”, diz a pesquisa. O levantamento aponta que 15% dessas empresas buscam manter a capacidade produtiva e outros 11% delas, vão introduzir novos produtos.
O percentual de investimento voltado para o mercado doméstico aumentou de 36% para 39%, mas, segundo a CNI, segue abaixo da média histórica, de 42%. Em 66% dos casos, independentemente do objetivo do investimento previsto, há a expectativa de aquisição de máquinas.
Entre as empresas que não pretendem investir, 35% afirmaram que não há necessidade, 33% optaram por não fazer os investimentos e 33% não conseguem investir.
Investimentos em 2020
Em 2020, 84% das empresas pretendiam investir, em um percentual acima dos anos anteriores mostrou o documento Investimentos na Indústria 2020-2021. Mas somente 69% conseguiram de fato investir devido à pandemia, um dos menores registros na história da pesquisa, superando apenas o percentual de 2016, que foi de 67%.
De acordo com a CNI, a redução dos investimentos no ano passado ocorreu em grande parte pelo alto custo dos insumos e pela reavaliação do mercado doméstico como destino dos produtos. “Ambos são influenciados diretamente pela pandemia de covid-19, que restringiu a demanda por produtos industriais, trouxe oscilação para o câmbio e pressionou custos”, diz a pesquisa.
No ano passado, 33% das empresas decidiram investir em pesquisa e desenvolvimento, 30% na capacitação de pessoal e 24% na melhoria da gestão do negócio. Por outro lado, 76% das grandes empresas que investiram em na aquisição de máquinas ou equipamentos e, 23% delas, optaram pela compra de máquinas usadas. Pouco mais de dois terços, 68%, realizaram manutenção ou atualização de máquinas.
Além disso, nos últimos seis anos, cerca de 70% dos recursos empregados nos investimentos são recursos próprios das empresas devido à falta de financiamento de terceiros. Em 2020, esse percentual ficou em 72%, idêntico ao de 2019.
No ano passado, somente
13 % dos bancos comerciais privados participaram dos investimentos feitos pelas
empresas. Os bancos oficiais de desenvolvimento foram de apenas 7% e outras
fontes de financiamento, como bancos comerciais públicos, financiamento externo
e construção de parcerias ou joint ventures somam 8%. (Agência
Brasil)
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