Japão, EUA e Coreia do Sul querem que China pressione mais a Coreia do Norte

As três partes conversaram sobre a possibilidade de "empreender ações punitivas" contra a Coreia do Norte

Postado em: 25-04-2017 às 16h15
Por: Toni Nascimento
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As três partes conversaram sobre a possibilidade de "empreender ações punitivas" contra a Coreia do Norte

Representantes da Coreia do Sul, do Japão e dos Estados
Unidos pediram nesta terça-feira (25), em Tóquio, durante negociações para a
desnuclearização da península coreana, que a China aumente sua pressão sobre o
regime norte-coreano, com o objetivo de conter o desenvolvimento de seus
programas armamentistas.

Em reunião realizada hoje, os representantes dos três países
– o sul-coreano Kim Hong-kyun, o japonês Kenji Kanasugi e o americano Joseph
Yun – pediram a Pequim, principal aliado diplomático e parceiro comercial da
Coreia do Norte, que fizesse uso de sua influência sobre o regime liderado por
Kim Jong-un para acabar com os testes nucleares e de mísseis em um momento de
máxima tensão na região.

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As três partes conversaram sobre a possibilidade de
“empreender ações punitivas” contra a Coreia do Norte, caso este país
“faça novas provocações”, disse o enviado sul-coreano.

Os participantes da reunião também concordaram em
“coordenar todas as ações diplomáticas, militares e econômicas”
frente à Coreia do Norte, segundo declarações feitas à imprensa após o
encontro. Eles pediram “contenção” para evitar uma escalada militar e
apostaram em “incrementar o poder de dissuasão” frente ao regime
norte-coreano, indicou o japonês Kanasugi, em declarações divulgadas pela
agência japonesa “Kyodo”.

Paralelamente ao encontro, responsáveis do governo japonês
se reúnem de hoje até a próxima sexta-feira (28), com o enviado especial de
Pequim para a desnuclearização da península coreana, Wu Dawei, para tratar da
situação na região, anunciou o Ministério de Relações Exteriores do Japão.

Maior pressão

O governo americano por sua vez pediu diversas vezes a
Pequim que exercesse maior pressão diplomática sobre a Coreia do Norte e uma
aplicação mais severa das sanções da ONU aprovadas no ano passado, depois que o
Exército norte-coreano realizou dois testes nucleares em um período de apenas
sete meses.

A tensão permanece em níveis máximos na região desde que a
Coreia do Norte realizou novos testes de mísseis no início e em meados deste
mês, e diante das previsões de alguns especialistas de que o país asiático
poderia realizar outro teste nuclear.

Washington, por sua vez, anunciou o envio de um porta-aviões
nuclear aos mares próximos da península da Coreia, em resposta aos testes
armamentistas norte-coreanos, e indicou que todas as opções estão sobre a mesa,
inclusive a militar, para lidar com o regime Juche (ideologia desenvolvida pelo
fundador do país – Kim Il-sung – que defende sua autossuficiência).

Está previsto que o porta-aviões americano USS Carl Vinson,
se aproxime da Coreia junto com sua frota de ataque no final desta semana para
realizar manobras que também contarão com forças do Japão e da Coreia do Sul.
No entanto, o regime norte-coreano advertiu que responderia “com ações
mortais” a qualquer provocação dessa frota.

Submarino

Conforme noticiado hoje pela manhã pela Agência Brasil, o
governo sul-coreano confirmou a agências de notícias em Seul que o USS
Michigan, um submarino norte-americano armado com mísseis balísticos, chegou ao
mar da Coreia do Sul nesta terça-feira 
(25). A embarcação, movida a energia nuclear, foi enviada ao local pelos
Estados Unidos para pressionar o governo da Coreia do Norte a desistir de seu
programa de armamento nuclear.

Até agora, nem a Coreia do Sul nem o governo norte-americano
confirmaram se o USS Michigan vai se juntar ao porta-aviões e à esquadra
japonesa que participam de exercícios conjuntos no Oceano Pacífico, próximo ao
Japão.

(Agência Brasil) 

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