Coreia do Norte faz critica a Donald Trump

Decisão do presidente dos Estados Unidos sobre Jerusalém gera manifestação do governo de Pyongyang

Postado em: 11-12-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Decisão do presidente dos Estados Unidos sobre Jerusalém gera manifestação do governo de Pyongyang

A Coreia do Norte criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por sua decisão de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, e qualificou a medida como “desafio aberto e insulto à legitimidade internacional”. As informações são da Agência EFE.

Pyongyang avaliou assim a medida anunciada nesta semana pelo presidente americano e uniu-se às críticas da maior parte da comunidade internacional, por meio de uma declaração do porta-voz do Ministério de Relações Exteriores norte-coreano.

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O reconhecimento de Jerusalém como capital israelense e a transferência a esta cidade da embaixada americana nesse país “merecem a condenação e a rejeição global, já que representam um desafio aberto e um insulto à legitimidade internacional e à vontade unânime da sociedade internacional”, declarou o porta-voz. A declaração, divulgada pela agência estatal norte-coreana KCNA, se refere a Jerusalém como Quds, o nome em árabe da cidade.

O status de Jerusalém “é um assunto muito sensível que deve ser resolvido de uma forma justa que permita que o povo palestino recupere seus direitos, bem como alcançar uma solução duradoura e pactuada ao problema do Oriente Médio”, acrescenta o texto.

O porta-voz norte-coreano também salienta que a decisão “não é tão surpreendente”, já que foi tomada por um “velho senil” que anteriormente pediu “a destruição total de um Estado soberano em um fórum sagrado das Nações Unidas”.

Pyongyang voltou a recorrer assim a um insulto que já empregou contra Trump depois de seu discurso de setembro perante a Assembleia Geral da ONU, durante o auge da tensão entre ambos países pela troca de ameaças belicistas e as exibições de poderio militar.

A decisão de Trump sobre Jerusalém “permitirá ao mundo discernir melhor quem é o destruidor da paz e a segurança global, e qual é o verdadeiro lado dos ‘hooligans’ da sociedade internacional”, conclui a declaração do porta-voz norte-coreano.

Após Trump anunciar que seu país reconhecia Jerusalém como capital de Israel, os Estados Unidos convocaram uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU que aconteceu ontem para analisar a decisão, que foi apoiada apenas por Washington neste órgão internacional.

Protesto

Os protestos que se iniciaram desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel continuaram ontem. Em diferentes localidades ocorrem manifestações em frente às embaixadas dos Estados Unidos. Também hoje, a Liga Árabe, formada por 22 países, divulgou comunicado no qual rejeita a decisão.

Em Jacarta, capital da Indonésia, cerca de 10 mil pessoas, segundo cálculos dos veículos de imprensa locais, concentraram-se em frente à embaixada norte-americana para protestar contra a decisão de Trump. A manifestação, convocada por um partido político de ideologia islâmica e parte da oposição ao atual governo indonésio, ocorreu com o fechamento de uma dúzia de ruas e sem incidentes violentos, conforme afirmou a polícia em um comunicado.

Com bandeiras da Palestina e cartazes contra o Trump, os manifestantes se reuniram para mostrar sua insatisfação com a decisão do governante americano e exigir “justiça internacional” para o povo palestino.

A embaixada americana pediu na última sexta-feira (8) que seus cidadãos tomassem cuidado e “evitassem zonas de manifestações”. O presidente da Indonésia, Joko Widodo, condenou na última quinta-feira (7) a decisão de Trump e pediu que ele reconsiderasse sua posição.

No Líbano, a polícia reprimiu  os manifestantes que protestavam contra os EUA. (Agência Brasil) 

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