TSE marca depoimentos de donos de gráficas da chapa Dilma-Temer

De acordo com o juiz auxiliar do relator, ministro Herman Benjamim, empresários serão ouvidos na sede da Justiça Eleitoral de São Paulo

Postado em: 17-02-2017 às 08h25
Por: Renato
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De acordo com o juiz auxiliar do relator, ministro Herman Benjamim, empresários serão ouvidos na sede da Justiça Eleitoral de São Paulo

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para 20 de
fevereiro o depoimento do proprietários de duas gráficas suspeitas de receber
pagamentos irregulares por serviços prestados à chapa Dilma-Temer, vencedora
das eleições presidenciais de 2014. As oitivas fazem parte do processo no qual
o PSDB pediu a cassação da chapa.

De acordo com despacho do juiz auxiliar do relator, ministro
Herman Benjamim, serão ouvidos na sede da Justiça Eleitoral de São Paulo os
empresários Rodrigo Zanardo e Rogério Zanardo, da Rede Seg Gráfica, e Carlos
Cortegoso, ligado à Focal Comunicação Visual.

De acordo com relatório elaborado pela Polícia Federal (PF),
há suspeitas de pagamentos irregulares a três gráficas que prestaram serviços à
campanha presidencial: VTPB Serviços Gráficos e Mídia, a Focal Confecção e
Comunicação Visual e a Rede Seg Gráfica Eireli.

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No fim de dezembro, a PF cumpriu diligências em 20 endereços
ligados às gráficas nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina,
com o objetivo de obter possíveis provas.

A campanha de Dilma Rousseff nega qualquer irregularidade e
sustenta que todo o processo de contratação das empresas e de distribuição dos
produtos foi documentado e monitorado. No início do mês, a defesa do presidente
Michel Temer sustentou no TSE que a campanha eleitoral do PMDB não tem relação
com os pagamentos suspeitos. De acordo com os advogados, não se tem
conhecimento de qualquer irregularidade no pagamento dos serviços.

Em dezembro de 2014, as contas da campanha da então
presidenta Dilma Rousseff e seu vice e companheiro de chapa, Michel Temer,
foram aprovadas com ressalvas, por unanimidade, no TSE. No entanto, o processo
foi reaberto porque o PSDB questionou a aprovação, por entender que há
irregularidades nas prestações de contas apresentadas por Dilma. Conforme
entendimento atual do TSE, a prestação contábil do presidente e do vice é
julgada em conjunto.

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