Favoritismo e rejeição de Iris e Waldir nas pesquisas
Ao mesmo tempo que os dois lideram os levantamentos, também são os que têm os maiores índices de rejeição, de acordo com o Instituto Serpes
Sara Queiroz
Com poucas diferenças nos números, as duas pesquisas de intenções de voto para a prefeitura de Goiânia, realizadas durante a última semana, mostram que o cenário de pré-campanha é de polarização entre o ex-governador e ex-xprefeitoIris Rezende (PMDB) e o deputado federal Waldir Soares (PR).
O peemedebista conseguiu 27,4% e 24,8% no levantamento do Instituo Paraná e Serpes, consecutivamente, mesmo ainda não sendo pré-candidato oficialmente. Já Waldir obteve 22,4% pelo Serpes e 27,4% pelo instituto paranaense. Com a aproximação das convenções e com tempo de campanha na rádio e televisão menor, o favoritismo de Iris e Waldir, nesse momento, pode ser levado como vantagem para os próximos momentos da disputa.
Apesar de terem decolado como favoritos, os dois primeiros colocados também enfrentam a maior parte de rejeição do eleitorado goianiense. O peemedebista acumula 25,3% de reprovação do seu nome pelo Serpes, e 21,2% pelo Instituto Paraná. Já o republicano tem rejeição de 13,4% na primeira e 11,5% na segunda. Mas a pesquisa realizada pelo Serpes também mostra que o deputado federal tem menos desaprovação que a pré-candidata pelo PT, Adriana Accorsi (17%).
A petista enfrenta o desgaste do partido a nível nacional e também municipal, já que a gestão de Paulo Garcia (PT) sofreu problemas durante seu mandato. Vanderlan Cardoso, que aparece em terceiro lugar nas intenções de votos (11% pelo Serpes), acumula mais rejeição do que possíveis votos: 13% no total com outros candidatos. Porém, as pesquisas espontâneas, quando o eleitor não tem acesso aos nomes dos postulantes, mostram que ainda há indecisão por boa parte do eleitorado da capital: 65,1% não sabem em quem votar. Mesmo com afirmações de pré-candidatos, de que estão fazendo trabalhos constantes com a população e também nas redes sociais, os dados apontam que mais da metade do eleitorado ainda não se decidiu ou ainda não conhece os postulantes.
Os votos nulos, na pesquisa espontânea Serpes, atingiu o índice de 15,4%, e na estimulada, 13,2%. Esses números, somados com os indecisos, chegam a mais de 75%, o que eleva a esperança daqueles pré-candidatos, como Giuseppe Vecci (PSDB) e Francisco Júnior (PSD), que se dizem menos conhecidos do eleitorado, de poderem ter mais consistência a partir do momento em que a campanha começar.
Por outro lado, quem sai na frente nas pesquisas nesse momento também tem argumentos para comemorar, já que com um tempo de campanha curto, ela começa no dia 16 de agosto, estar entre os mais lembrados é, consequentemente, tido como vantagem.
PSDB
O presidente do PSDB metropolitano, Rafael Lousa, avalia que as últimas pesquisas foram boas para o pré-candidato do partido, Giuseppe Vecci, pois segundo ele, as primeiras análises consideram que ainda não há a agenda eleitoral para a população goianiense. O presidente lembra que na pesquisa espontânea realizado pelo Serpes, Vecci aparece empatado com Adriana Accorsi, ambos com 1,2%.
De acordo com Lousa, “por ser o menos conhecido de todos”, o tucano é o que mais tem vantagem nessa corrida. Para ele, à medida que Vecci for ganhando conhecimento do eleitorado, ele também receberá mais intenções de votos.
Lousa não descarta que a base do governador Marconi Perillo (PSDB) se una em torno de apenas um nome. “Estamos trabalhando para que todos possam unir em torno do Vecci. Respeitamos todas as outras pré-candidatos, mas vamos construir essa aliança nos próximos 60 dias”, afirmou.
Apesar de tentar a aliança, ele lembra que a transferência de votos entre os postulantes que estão na base “nunca é 100%”, e que o importante é manter as alianças fortes no momento certo. Para o presidente, a grande incógnita das eleições ainda é a participação de Iris na disputa: “Ele não está acostumado a começar o processo perdendo, vamos ver o que vai acontecer”.