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quarta-feira, 28 de agosto de 2024
Plenário

Senadores da oposição tentam mudar texto final da repatriação; Renan nega pedido

Os oposicionistas queriam ter incluído uma emenda ao texto para proibir que parentes de políticos pudessem aderir ao programa

Postado em 25 de novembro de 2016 por Renato
Senadores da oposição tentam mudar texto final da repatriação; Renan nega pedido
Os oposicionistas queriam ter incluído uma emenda ao texto para proibir que parentes de políticos pudessem aderir ao programa

Senadores de oposição apresentaram nesta quinta-feira (24)
uma questão de ordem ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para
questionar o texto final aprovado do projeto de lei da repatriação, votado na
última quarta-feira (23) na Casa.

Os oposicionistas queriam ter incluído uma emenda ao texto
para proibir que parentes de políticos pudessem aderir ao programa – que
regulariza ativos de brasileiros enviados ao exterior sem declaração à Receita
Federal mediante pagamento de imposto mais multa.

Diante da pressão do plenário sobre o tema, o relator da
matéria, senador Romero Jucá (PMDB-RR), admitiu retirar do texto o trecho que
trazia a permissão, mas não acrescentou artigo que proíbe parentes de políticos
de aderir à repatriação.

Para a oposição, o texto aprovado acabou dando margens a
interpretações divergentes sobre o assunto. Segundo os parlamentares, Jucá não
cumpriu o que foi acertado.

“Enganada não fui eu, enganado não foi o senador Paulo
Rocha, não foi V. Exª, senadora Regina [Sousa], não foi o senador Pimentel nem
o senador Magno. Enganada foi a maioria do Senado Federal, que saiu daqui com a
compreensão de que estava proibida a possibilidade de repatriação por parte de
parentes e de agentes públicos. Então, eu lamento. E nós vamos denunciar e
mudar isso”, disse a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

O presidente do Senado, no entanto, rejeitou a questão de
ordem apresentada que pedia a modificação do texto dizendo que o fato foi
apenas um “equívoco” nas negociações. Para Renan, o texto ainda poderá ser
modificado em sua tramitação, já que ainda passará pela Câmara dos Deputados.

“Isso ficou na sessão de ontem. O importante é olharmos para
frente. Nós temos uma agenda enorme a cumprir até o dia 15 de dezembro e é
muito importante que o Senado delibere”, afirmou.

Os oposicionistas argumentam que irão atuar para modificar o
texto na Câmara dos Deputados, o que provocaria o retorno da matéria ao Senado.
O senador Romero Jucá não estava na sessão no momento em que a oposição fez as
críticas. 

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