Durante a segunda etapa da Operação Luz na Infância,
desencadeada em todo o Brasil, dez suspeitos foram presas em flagrante em Goiás
, quatro em Goiânia e seis no interior, nesta quinta-feira (17). Vinte e dois mandados
de busca e apreensão foram cumpridos em Goiânia, Senador Canedo, Anápolis,
Luziânia, Valparaíso, Pontalina, Iporá, Rio Verde e Jataí. A ação tem por
objetivo combater a pornografia infantil.

“Todos os presos hoje nunca tiveram qualquer passagem pela
polícia, levavam uma vida aparentemente normal, porém mantinham em seus
computadores e celulares fotos e vídeos que configuram pornografia infantil.
Quem apenas mantém esse tipo de imagem está sujeito a uma pena de reclusão que
vai até três anos, agora quem compartilha pode passar até sete anos na cadeia”,
disse a delegada Sabrina Leles, titular da Delegacia Estadual de Combate aos
Crimes Cibernéticos, durante coletiva à imprensa.

O caso que mais chamou a atenção, segundo a delegada, foi a
prisão, em Goiânia, do idoso. “Nós encontramos um farto material no computador,
além de muitas fotos impressas, várias delas, datadas do ano de 1990, e algumas
tiradas no próprio quarto dele. Além disso, o computador dele estava ligado em
rede com vários outros pedófilos, o que torna o crime inafiançável”, revelou.

No quarto do idoso, agentes apreenderam vários bichos de
pelúcia que, conforme suspeita a polícia, seriam usados como atrativo para as
crianças. A delegada concluiu dizendo ser possível a prisão de outros acusados
ao longo do dia, e afirmou ter certeza de que a operação de hoje é a maior do
mundo, no que diz respeito ao combate ao crime de pornografia infantil.

Primeira fase – Na
primeira edição da Operação Luz na Infância, realizada em 20 de outubro de
2017, foram cumpridos 157 mandados de busca e apreensão de computadores e
arquivos digitais. Durante a apreensão desses materiais nos 24 estados e Distrito
Federal, foram identificadas e presas 112 pessoas que utilizavam esses
equipamentos para produzir, guardar ou compartilhar conteúdos de pedofilia na
internet. Aquela operação foi resultado de seis meses de levantamentos e
investigações coordenados pela Senasp/MESP, em conjunto com as agências de
inteligência das Polícias Civis.

Luz na Infância –
A operação foi intitulada Luz na Infância por serem bárbaros e obscuros os
crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes. Os acusados deste
tipo de delito agem nas sombras da internet e devem ter suas condutas
elucidadas e julgadas, como a de qualquer criminoso.