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terça-feira, 26 de novembro de 2024
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Distrito Federal

Embaixadores de 41 países acompanham auditoria das urnas no TRE

Diferente da Organização dos Estados Americanos (OEA), a visita deste grupo não tem caráter fiscalizatório e ocorreu a pedido dos próprios embaixadores

Postado em 28 de outubro de 2018 por Patrick Wallison
Embaixadores de 41 países acompanham auditoria das urnas no TRE
Diferente da Organização dos Estados Americanos (OEA)

Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (Foto: Reprodução)

Um grupo de embaixadores e chanceleres de 41 países que tem representação diplomática no Brasil visitou neste domingo (28) o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE – DF) para conhecer o processo de auditoria das urnas eletrônicas. Mais de 2 milhões de eleitores do DF votam neste domingo no segundo turno das eleições para governador e presidente da República.

A comitiva formada por cerca de 60 pessoas foi recebida pelo juiz eleitoral do DF, Eduardo Rosas, que explicou como funciona a votação paralela, trabalho feito para auditar o funcionamento das urnas eletrônicas. Depois de tirar dúvidas sobre o processo, o grupo também conheceu a sala onde a comissão de servidores faz a auditoria da votação da capital do país.

Diferente da Organização dos Estados Americanos (OEA), a visita deste grupo não tem caráter fiscalizatório e ocorreu a pedido dos próprios embaixadores. Segundo a assessoria internacional do TSE, o evento integra o Programa de Visitantes Internacionais, que ocorre todos os anos eleitorais.

“A nós [Justiça Eleitoral] compete a dar a publicidade a todos os atos e providências que se destinam a aperfeiçoar o uso da urna eletrônica”, disse Rosas, que coordena a comissão de auditoria.

Segurança do processo

O juiz reiterou que a Justiça Eleitoral respeita as diferentes opiniões sobre a votação eletrônica, mas reafirma que o processo brasileiro é seguro por ser auditável e acompanhado por representantes de diferentes órgãos, como o Ministério Público Eleitoral, Ordem dos Advogados do Brasil e partidos políticos.

Rosas lembrou que a urna eletrônica é usada no Brasil há 22 anos e desde 1996 não houve nenhum registro de violação ou fraude, ao contrário do período em que as eleições eram feitas pela votação registrada em cédula de papel e depositada em urna de lona. Desenvolvida inicialmente no Brasil, a urna eletrônica atualmente é instrumento de voto em cerca de 35 países.

“Quem decide a eleição no Brasil é o eleitor, não é a urna. A urna é um mero mecanismo para que a vontade do eleitor seja manifestada e seja apurada de maneira mais célere”, disse o juiz.

Auditoria

As urnas usadas na auditoria foram sorteadas ontem (27) pela manhã em uma audiência pública com a presença de todos os órgãos responsáveis por fiscalizar a comissão. Após o sorteio, as urnas foram levadas para o TRE sob o monitoramento dos mesmos órgãos, inclusive os partidos políticos.

Elas foram ligadas neste domingo às 7 h e imprimiram o primeiro boletim, chamado Zerésima, que demonstra que não havia nenhum voto registrado. Ao longo do dia, os auditores fizeram o procedimento de captação e contabilização de votos, com o objetivo de demonstrar a segurança das urnas.

Na prática, a auditoria ocorre como uma votação paralela em que o servidor digita na urna eletrônica o mesmo voto escrito em uma cédula de papel e colocado em um terminal de apuração independente. O resultado dos votos impressos deve ser igual ao registrado nas cédulas. O processo é feito em ambiente controlado, filmado e fiscalizado, mas pode ser acompanhado pelo público.

 

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