Durante pronunciamento, Bolsonaro defende a proposta de reforma da Previdência
“Precisamos garantir que, hoje e sempre, todos receberão seus benefícios em dia”
O presidente Jair Bolsonaro fez um
pronunciamento à nação, na última quarta-feira (20), em cadeia de rádio e
televisão, defendendo a proposta de reforma da Previdência entregue pelo governo
federal ao Congresso. No pronunciamento, Bolsonaro afirmou que a reforma é
necessária para garantir que todos recebam seus benefícios em dia “hoje e
sempre”.
“Precisamos garantir que, hoje e sempre, todos receberão
seus benefícios em dia e o governo tenha recursos para ampliar investimentos na
melhoria de vida da população e na geração de empregos. A nova Previdência será
justa e para todos. Sem privilégios”, disse o presidente.
O presidente também afirmou que a reforma não excluirá
ninguém. “Ricos e pobres, servidores públicos, políticos ou trabalhadores
privados, todos seguirão as mesmas regras de idade e tempo de contribuição.
[…] Respeitaremos as diferenças, mas não excluiremos ninguém. E com justiça:
quem ganha mais, contribuirá com mais, quem ganha menos, contribuirá com menos
ainda”, completou. Ele também acrescentou que o regime de previdência dos
militares também será reformado. A reforma dos militares, no entanto, ainda
será entregue ao Congresso.
Em cerca de três minutos de meio de pronunciamento,
Bolsonaro destacou que a reforma proposta vai igualar ricos e pobres. “Hoje, os
homens mais pobres já se aposentam com 65 anos e as mulheres com 60, enquanto
isso, os mais ricos se aposentam sem idade mínima. Isso vai mudar. […] pessoas
de todas as classes vão se aposentar com a mesma idade”.
Ele disse que o projeto do governo para alterar as
regras foi levado ao Congresso “para amplo debate social”. Em seguida, afirmou
que o novo sistema vai exigir “um pouco mais de cada um de nós”, mas garantirá
o futuro do país.
Reforma
O texto propõe idade mínima de 62 anos para
mulheres e 65 anos para homens, com contribuição mínima de 20 anos. Atualmente,
aposentadoria por idade é 60 anos para mulheres e 65 anos para os homens, com
contribuição mínima de 15 anos.
A idade mínima
para a aposentadoria poderá subir em 2024 e depois disso, a cada quatro anos,
de acordo com a expectativa de vida dos brasileiros.
Nessa proposta, não haverá mais aposentadoria por tempo de contribuição.
No plenário, a aprovação do texto depende de dois
turnos de votação com, no mínimo, três quintos dos deputados (308 votos) de
votos favoráveis. Em seguida, a proposta vai para o Senado cuja tramitação
também envolve discussão e votações em comissões para depois ir a plenário. (Agência Brasil)