O líder da base do governo de Jair Bolsonaro na Câmara
dos Deputados, Major Vitor Hugo (PSL/GO), admite que o
envio pelo Ministério da Economia do esperado projeto que
possibilita ajuda financeira aos governos estaduais poderá
ocorrer só depois de aprovada a reforma da previdência.
“Ainda vou conversar nesta semana com os secretários da
pasta e com o próprio ministro Paulo Guedes,mas é claro que
fica mais fácil depois da aprovação da reforma da
previdência”, admite o líder.

A consideração confirma críticas
do governador Ronaldo Caiado (DEM), que relatou na última
semana o não cumprimento por Guedes
do acordo fechado ainda em
fevereiro.Tudo estava definido
para o chamado Plano Mansueto,
que autoriza estados com baixas
notas de avaliação da Secretaria
do Tesouro Nacional (STN) a
captar empréstimos com
condições viáveis de pagamento,
fosse enviado no início de abril e logo
aprovado na Câmara e no Senado, para
que a primeira parcela de possível
operação de crédito pingasse em maio
na conta do estado. Mas o acordo não foi
cumprido. 

Mensalinho

O juiz Thiago Soares Castelliano, da Comarca de Jataí,
determinou o afastamento por 180 de dois vereadores do
município acusados de obrigar funcionários de seus gabinetes a entregar parte dos salários todos os meses, nos
últimos anos. 

O pedido, que inclui bloqueio de bens, foi feito pelo
Ministério Público Estadual. Um servidor e um ex-funcionário
do gabinete do vereador Marcos Antônio (PDT) prestaram
depoimento denunciando a prática.

Valores 

Um ex-assessor legislativo disse que passava entre R$
2,5 mil e R$ 3 mil a Marcos. No total, o MP-GO estima que
o vereador, ao longo de quase 10 anos, obteve ilicitamente
cerca de R$ 300 mil. O mesmo ocorreu com Gildenicio
Santos (MDB).

O presidente Jair Bolsonaro minimizou o embate dentro
do governo entre militares e seguidores do escritor Olavo
de Carvalho. Segundo ele, não existem dois times opostos
e essas discussões seriam “coisas pequenas” diante dos desafios do País. 

Discrição

A rixa mais recente envolve ataques de Olavo contra o
ministro da Secretaria de Governo, Santos Cruz. “De acordo
com a origem do problema, a melhor resposta é ficar quieto.
Temos coisas muito mais importantes para discutir no Brasil”.

Preço à vista 

“Aqueles que porventura não têm tato político estão
pagando o preço junto à mídia. Não existe grupo de militares
e de Olavo aqui. Somos um time só”, completou.

Caiado tem repetido o que disse em conversa com a
Xadrez há um mês: “a ajuda aos estados não deve ser
relacionada à votação da reforma da previdência. Os
governadores estão empenhados e isso seria um erro”.  

Por ordem

Já o próprio titular da STN, Mansueto Almeida,definiu
ontem que dois fatores é que vão “salvar” os estados: “o
controle de gastos e a própria reforma da previdência”.
Caiado garante que tem feito o “dever de casa”. 

Justiça Aceita Denúncia

A Justiça Federal em Brasília
aceitou denúncia apresentada
pelo Ministério Público Federal
(MPF) contra o ex-presidente
Michel Temer pelos crimes de organização criminosa e obstrução
de Justiça. Os ex-ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco
também fazem parte da denúncia. Com a decisão,todos passam
à condição de réus no processo. O
MPF sustenta que Temer e parlamentares do PMDB participaram de um suposto esquema
de corrupção envolvendo integrantes do partido na Câmara dos Deputados com objetivo de obter vantagens indevidas em órgãos da administração pública. Parte das
acusações foi baseada nos depoimentos de delação de
Joesley Batista e Ricardo Saud, ex-executivos do grupo
J&F.Em 2017, a denúncia foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal(STF) pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. No entanto, o Congresso não
concedeu o aval para prosseguimento da denúncia, que
ficou suspensa até 1º de janeiro, quando Temer saiu da
presidência e o caso foi enviado para a primeira instância. 

CURTAS  

Alegações – A defesa de Padilha afirma que
as acusações estão amparadas apenas em
palavras dos delatores. Já Moreira sustenta que
jamais participou de qualquer ilícito. 

Perseguido? – Já a defesa do ex-presidente
Temer critica as delações aceitas pela Justiça e a
conduta do ex-PGR,Rodrigo Janot, à frente da
investigação. 

Desafio – Depois do aumento na tarifa e
definição pela privatização da Metrobus, a greve
de motoristas é anova pauta para o governo
sobre transporte coletivo.