Empresários querem retomada de incentivos em 2020
Rubens Salomão
Representantes do setor produtivo, mobilizados pelo Fórum de
Entidades Empresariais (FEE), esperam o cumprimento do acordo fechado com o
governador Ronaldo Caiado (DEM) no fim de 2018, quando foram definidos cortes
nos créditos outorgados que adicionarão R$ 1,3 bilhão à arrecadação estadual de
2019, para que as definições passem por nova discussão a partir de setembro. A
intenção dos empresários é retornar os incentivos e créditos aos valores
executados anteriormente, na forma original dos convênios assinados
principalmente durante a gestão de Marconi Perillo (PSDB). “A expectativa é que
se possa retornar ao que foi contratado, né? Todos os empresários contrataram
um incentivo e, com o pedido e a dificuldade do governador Caiado, nós
contribuímos. Só que isso fez com que muitas empresas deixassem de pagar seus
financiamentos, passassem mais aperto e perdessem competitividade. Lógico que
isso tem consequência. Não podemos perpetuar”, aponta o presidente da Federação
das Indústrias de Goiás (FIEG), Sandro Mabel.
Calma lá
O governo estadual, no entanto, segue em busca de soluções
caseiras e em Brasília para solucionar o déficit previsto para 2019: R$ 4
bilhões. Neste contexto, é descartado o retorno dos incentivos aos padrões
tucanos.
Critérios
A secretária de Economia, Cristiane Schmidt, tem repetido
que pretende avaliar os contratos de forma individual para comparar o que as
empresas têm proporcionado ao estado em comparação com o benefício concedido.
Solução FDCO
Principal responsável pela recriação da Superintendência do
Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), em 2009, e dos fundos que
possibilitam incentivo ao desenvolvimento regional – FCO (Fundo Constitucional
de Financiamento da região) e FDCO (Fundo de Desenvolvimento), a ex-senadora
Lúcia Vânia (sem partido) critica a decisão do governador Ronaldo Caiado (DEM)
de abocanhar 30% do FCO, que conta com R$ 3 bilhões para 2019, para custeio e
investimentos do governo. E sugere: “O mais adequado seria que o governo
utilizar parte do FDCO, que não é constitucional e, este sim, poderia ser
alterado pelo presidente (Jair Bolsonaro) por meio de Medida Provisória. Para
se mexer no FCO é preciso passar uma PEC no Congresso e, além disso, seria
tirar um recursos fundamental para vários setores da economia e do setor
produtivo de Goiás”, argumenta. Lúcia Vânia tem mantido contato direto com o
governador e aconselhado, desde o início da gestão, sobre possíveis soluções
para a crise financeira do estado.
CURTAS
Na fila – A
propósito, quando da recriação da Sudeco foi definido rodízio no Centro-Oeste para
indicação da chefia do órgão federal. A vez agora é de Goiás.
Não quer? – A
superintendência passou por DF, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que teve
mandato encerrado em 2018, mas mantém a indicação neste ano.
Registro – No Dia
de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças, artistas e educadores
realizam evento em Abadiânia para lembrar as vítimas de João de Deus.
Cobrança
O vereador Lucas Kitão (PSL) apresentou cobra da prefeitura
melhorias no trânsito. Inclui conclusão do BRT, retomada da Avenida Leste
Oeste, sinalização nos dos setores Bueno, Jardim América e Nova Suíça, além de corredores
preferenciais
Planejamento
A questão é que todas as ações citadas, segundo informações
do Paço e da própria Secretaria Municipal de Trânsito (SMT). Algumas com
recursos próprios e outras pelo empréstimo de R$ 780 milhões junto à Caixa.
Para entregar até o fim de 2020.
Em tramitação
O deputado federal Otto Alencar (PSD-BA) apresentou parecer
favorável a projeto de lei do goiano Glaustin da Fokus (PSC). Proposta em
abril, a matéria autoriza escolas públicas e privadas a adotar medidas de segurança.
Após ataques
O texto prevê controle de armas e substâncias perigosas nas dependências
das unidades. Inclui revista pessoal e a possibilidade de instalar detectores
de metal.
Exemplo
O Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Jardim
Guanabara III desenvolve, desde o início do ano letivo, um projeto de
diversidade com cerca de vinte crianças do agrupamento de três anos da
instituição.
Como é?
Intitulado “Viva as diferenças!”, o projeto
busca levar a reflexão aos pequenos de que ninguém é igual a ninguém e
valorizar as particularidades de cada um, ressaltando o respeito independente
de cor, etnia ou necessidade especial.