MP-GO deve emitir parecer contrário à projeto sobre vans escolares no transporte público
Projeto do deputado Alysson Lima (Solidariedade) será engavetado com o parecer contrário do Ministério Público – Foto: Reprodução.
Raphael Bezerra
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) se reunirá com os deputados estaduais no final da tarde desta quarta-feira (3) para apresentar um relatório contrário ao projeto do deputado Alysson Lima (Solidariedade) que dispõe sobre a implementação, temporária, das vans escolares e de turismo na complementação do transporte público do Estado. Com esse relatório em mãos, o líder do Governo Estadual na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) deverá pedir o arquivamento do processo. A reunião será fechada à imprensa, entretanto, há a expectativa que o relatório seja divulgado ainda hoje.
Na semana passada, o deputado estadual Cairo Salim (Pros), apresentou um substitutivo ao texto de Alysson. A medida visava garantir a regulamentação que seria fiscalizada pela Câmara Deliberativa de Transporte Coletivo (CDTC). Como mostrado pelo O Hoje na terça-feira (2), o Governo do Estado articula para a derrubada do projeto e desestimula a manifestação em frente à Alego. Para isso, na segunda-feira (1), o governador Ronaldo Caiado (DEM), assinou a liberação de um empréstimo de R$ 18 milhões para a categoria.
Alysson Lima disse que não participará da reunião com o Ministério Público. “Os motoristas das Vans que aguardam a aprovação do projeto do parlamentar, que permite o auxílio deles ao transporte público da Capital também descartaram a presença na reunião e continuam em manifestação na porta da Alego”, pontuou.
Segundo o Deputado, a reunião, foi marcada pela base do governador com o único objetivo de desqualificar o projeto que não chega no plenário, e não é votado. “O projeto foi feito, com o objetivo de ajudar o transporte público da capital neste período de pandemia, para evitar superlotação da população e ajudando os motoristas que estão parados sem renda para sustentar suas famílias, mas por manobra política, não chega no plenário para votação. Por esse motivo, nem o parlamentar nem o movimento que se manifesta na porta da Alego, vão comparecer a reunião no MP”, completou.