Jornalista e analista internacional goiano comenta posse de Biden
Segundo Marcelo, em entrevista ao O Hoje News manhã desta quarta-feira (20/1), existe uma confrontação crescente na relação do Brasil com os Estados Unidos | Foto: Reprodução
Jordana Ayres
Formado em relações internacionais, Marcelo Mariano, em entrevista ao O Hoje News manhã desta quarta-feira (20/1), destacou alguns pontos importantes sobre as mudanças que podem ocorrer devido à posse de Joe Biden, o novo presidente dos Estados Unidos. O também jornalista diz que está se aproximando um período de confrontação crescente na relação do Brasil com os Estados Unidos.
“Essa confrontação começou antes mesmo do Biden tomar posse, inclusive com o governo brasileiro ameaçando o uso de pólvora. Isso pode parecer pitoresco porque não existe a menor condição da gente conseguir desafiar os EUA militarmente”, comentou ele.
Marcelo disse, ainda, que os pontos que merecem maior destaque estão relacionados com o meio ambiente e com a tecnologia. “Biden deve retomar ainda hoje ao acordo de Paris, buscando tomar a liderança internacional do meio ambiente e isso tem consequências para o Brasil por conta da Amazônia e das queimadas. Outra questão extremamente delicada é o 5G, cujo leilão no Brasil acontece agora no primeiro semestre. Tem uma empresa chinesa, a Huawei que é a principal líder nessa área e os Estados Unidos não tem uma empresa tão competitiva assim; as principais empresas que competem com a Huawei são a Nokia da Finlândia e a Ericsson da Suécia. Independente de ser Biden ou Trump, republicano ou democratas, o objetivo do país é barrar a China”, afirmou.
O jornalista, apesar de acreditar que mudanças precisam acontecer, diz que tem confiança na burocracia dos diplomatas brasileiros. “Eu confio bastante na burocracia dos diplomatas brasileiros para manterem essa relação cordial. Só acho difícil que isso se mantenha com o Ernesto Araújo e o Ricardo Sales ainda como ministros, porque precisariam passar uma imagem de mudança. Os Estados Unidos é o segundo principal destino das nossas importações e também é o segundo país de origem das nossas importações, mas para eles nós não somos tão importantes assim”, concluiu.
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