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sábado, 7 de dezembro de 2024
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Homofobia

Mulher que agrediu e ofendeu balconista de São Paulo é condenada na Justiça

O caso aconteceu no dia 20 de novembro do ano passado, em uma padaria na zona oeste de São Paulo. Durante a discussão, a mulher chamou o balconista da loja de “bicha” e “veado”.

Postado em 12 de outubro de 2021 por Ícaro Gonçalves
Mulher que agrediu e ofendeu balconista de São Paulo é condenada na Justiça
O caso aconteceu no dia 20 de novembro do ano passado

Lidiane Brandão Biezok, a mulher que em novembro de 2020 proferiu insultos homofóbicos contra um atendente de padaria em São Paulo, foi condenada pela Justiça paulista a pagar indenização de R$ 5 mil por danos morais à vítima.

A decisão é da juíza Eliana Tavaes, da 1ª Vara do Juizado Especial Cível de Vergueiro, que considerou a humilhação sofrida pelo balconista. “A situação vivida pela parte autora – agressões verbais de cunho racista e homofóbico na frente de outras pessoas, em seu ambiente de trabalho – foi suficiente para caracterizar dano moral”, afirmou a juíza.

O caso aconteceu no dia 20 de novembro do ano passado, em uma padaria Dona Deôla, em Perdizes, zona oeste da capital paulista. Durante a discussão, a mulher chamou o balconista da loja de “bicha” e “veado”. “Você só serve para pegar meus restos”, disse ainda, entre tapas, arremesso de objetos e outras ofensas.

Na ocasião, a Polícia Militar foi chamada para atender a ocorrência e Lidiane acabou detida por agressão, injúria racial e homofobia contra funcionários e clientes da padaria. Ela responde a outros dois processos, movidos por uma atendente e por dois músicos que também foram alvo de ofensas.

A decisão da Justiça concluiu ainda que Lidiane não conseguiu provar que sofre de doença mental. Um teste psiquiátrico ainda será marcado. “Ainda que a ré seja incapaz, sobre o que não produziu sequer começo de prova, tal condição não afasta sua responsabilidade pelos prejuízos a que der causa”, observou a juíza.

À época do ocorrido, Lidiane afirmou ter se arrependido das ofensas. “Eu não tive a mínima intenção em ofender ninguém. Eu me senti acuada, me senti uma vítima ali de uma situação que eu não tinha como sair. Fui agressiva e estúpida, mas não tenho nada contra homossexuais. Peço desculpas”, afirmou.

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