Destino incerto de Sandro Mabel incomoda cúpula do Republicanos
Com larga trajetória na vida política, Mabel conta com apoio do segmento industrial goiano e certamente chegaria com força na disputa em outubro.
A chegada de Sandro Mabel ao Republicanos tem sido sinônimo de desconforto entre os membros do partido. Apesar de não se portar como um possível candidato nas eleições que se aproximam, Mabel, todos sabem, é um nome de peso. Com larga trajetória na vida política, o empresário conta com apoio do segmento industrial goiano e certamente chegaria com força na disputa em outubro.
Nos bastidores, a interpretação sobre os motivos que têm gerado esse clima de insatisfação no partido, tido como reduto da ala bíblica, passam por dois importantes fatores. A começar pelo mais preocupante: Mabel é um aliado de primeira hora não apenas do governadoriável Gustavo Mendanha (Patriota), mas também do ex-governador Marconi Perillo (PSDB).
Em paralelo, o empresário é também um arquirrival de Ronaldo Caiado (UB). A presença de Mabel no partido, por si só, incomoda, por motivos óbvios, não apenas o governador, mas também aqueles que desejam que a sigla caminhe, sem rachas, rumo à base governista.
A principal aposta é que Mabel, caso se lance candidato, dispute uma vaga ao cargo de deputado
federal. Mas, há quem considere a possibilidade dele alçar voo rumo à Assembleia Legislativa. neste caso, a presença do político no Republicanos se torna ainda mais incômoda — especialmente para o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz.
O gestor municipal tem trabalhado incansavelmente para viabilizar o nome de sua esposa, Thelma Cruz — também do partido — ao cargo na Alego. Até então o prefeito, bem como os apostadores de Thelma, se sentiam confortáveis em relação aos nomes do partido que se lançarão na
disputa e disputarão com Thelma as cadeiras da sigla na Casa de leis. Com Mabel no radar — um nome, por sinal, de muito mais peso e experiência do que o de Thelma — a situação se torna, minimamente,
preocupante.