Bolsonaro critica margem de lucro da Petrobras e exonera ministro
Presidente demonstrou insatisfação com a gestão da estatal; ministro de Minas e Energia foi exonerado
O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a política de preços da Petrobras durante entrevista ao programa Balanço Geral na última quarta-feira (11/05). Para o presidente, a estatal, que é vinculada ao órgão federal de Minas e Energia, deveria abaixar as margens de lucros “pensando no Brasil”. No mesmo dia, o presidente exonerou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
“A Petrobras está gordíssima, tá obesa! Seu conselho e seus diretores poderiam, sim, reduzir a margem de lucro. A margem de lucro deles é na casa de 30%, já as outras petroleiras estão no máximo em 15%. Petrobras, você é Brasil! Ou quem tá aí dentro não pensa no seu país? O povo tá sofrendo bastante com o preço do combustível”, afirmou o chefe do executivo.
Ao dizer que “lamenta o que está acontecendo”, o presidente pediu que os dirigentes da Petrobras agissem com patriotismo: “Eu espero que o patriotismo se faça valer nesse momento. O que está em jogo é o Brasil”, disse.
Novo Ministro
Após a saída de Albuquerque, a pasta foi assumida por Adolfo Sachsida. Em seu primeiro pronunciamento a frente do ministério, Adolfo disse que como primeira medida à frente da pasta, pedirá estudos ao governo sobre a eventual privatização da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) – estatal responsável por gerir os contratos da União no pré-sal.
Ainda durante sua fala, o ministro afirmou que todo o teor do discurso tinha “o aval e o apoio de 100%” de Bolsonaro. Adolfo não comentou a política de preços da Petrobras e não citou as altas recentes no preço dos combustíveis, principal motivo para a troca de comando no ministério.