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sábado, 23 de novembro de 2024
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Opinião

Internacionalização: a nova tendência do e-commerce brasileiro

Muitas empresas já perceberam que vender fora é mais vantajoso, pois a margem de lucro pode ser muito maior

Postado em 13 de julho de 2022 por Redação

Ricardo Onofre

Antes da pandemia, havia ainda desconfiança por parte dos consumidores em comprar produtos internacionais pela internet devido à demora para chegar, confiabilidade das lojas, receio de pagar impostos, entre outros. Contudo, a profissionalização dos mercados de logística, a redução no tempo da entrega e a qualidade dos produtos, além dos preços mais baixos do que os comercializados nacionalmente, encorajaram o brasileiro a fazer compras online em outros países.

Segundo dados do Webshoppers 45 da Ebit|Nielsen, o volume de vendas de produtos comprados por brasileiros em sites do exterior está estimado em R$ 36,2 bilhões de reais no ano de 2021, um crescimento de 60% se comparado ao ano anterior.

A disparidade entre os preços de produtos adquiridos no Brasil e no exterior tem impactado as vendas locais. Em 2020, o volume total de vendas estrangeiras por aqui passou dos R$ 22,7 bilhões, sendo que a China lidera entre os países que mais vendem. Segundo um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o Brasil é um dos países com maiores impostos e menor retorno para a população, com uma carga tributária que representa 35,13% do PIB. O contribuinte paga cerca de 73 tipos de impostos, entre tributos federais, estaduais e municipais. Dentre os mais conhecidos estão:  IPI, ICMS, PIS/Cofins, entre outros. 

Muitas empresas já perceberam que vender fora é mais vantajoso, pois a margem de lucro pode ser muito maior. Se está difícil concorrer com os chineses aqui no Brasil, nos EUA pode estar mais fácil. Depois que o governo americano sobretaxou os produtos chineses em 25%, as empresas brasileiras passaram a ter melhores condições de se tornarem competitivas. Com o real desvalorizado frente ao dólar, a competitividade de preço dos produtos brasileiros ganha força e é possível lucrar em alguns produtos quase o dobro em uma venda para os EUA comparada a uma venda nacional por não ter incidência de impostos como ICMS, IPI, PIS/Cofins e ISS.

O nome desta operação de venda diretamente a um consumidor final em outro país é chamada de cross border. Com a aceleração digital e o crescimento do e-commerce, essa transação tornou-se mais comum. No Brasil, essa operação também é conhecida como comércio transfronteiriço.

Esta operação pode ser realizada diretamente pelo empreendedor, sem necessidade de um intermediário. Porém é necessário conhecer muito bem os trâmites de fronteiras e circulação nos países de destino, custos de fretes internacionais, regras de devolução, aceitação dos produtos no mercado alvo, marketing direcionado ao público internacional etc. A boa notícia é que existem empresas hoje especializadas em assessorar o empreendedor nesta operação, tornando as vendas mais rápidas, o marketing assertivo e o planejamento de custos sustentável.

Começar a vender no exterior demanda análise e planejamento estratégico. Além de identificar as melhores categorias de produtos e o melhor país para suas vendas, é necessário ter um plano de internacionalização da marca.

Você vai precisar de uma companhia integradora para fazer todo o meio de campo dessa operação e garantir cobertura de ponta a ponta, desde a criação do projeto, passando pela adaptação do processo de comunicação da marca e dos produtos. A empresa precisa ter know-how na área e armazéns próprios fora do Brasil. Isso fará toda a diferença na hora de arcar com os custos do frete. Escolhendo a empresa certa, você poderá ter uma redução de até 50% do valor do frete, além de ganhar tempo e agilidade na entrega do produto. 

Ricardo Onofre é diretor executivo da empresa de atendimento de full commerce e cross border

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