Justiça decreta prisão preventiva de suspeita de roubar R$ 735 mi da mãe
Segundo investigações, a mulher havia contratado pessoas que se passaram por videntes para convencer a mãe pagar por ”trabalho espiritual”.
A Justiça do Rio de Janeiro decretou, nesta quarta-feira (7/9) a prisão preventiva do grupo suspeito de aplicar um golpe milionário em Geneviève Boghici, de 82 anos. O crime envolveu o roubo de quadros de Tarsila do Amaral. Entre os detidos está Sabine Boghici, filha da idosa.
Outras cinco pessoas foram denunciadas e estão presas por suspeita de participação no crime.
A suspeita é de que a vítima tenha tido um prejuízo em torno de R$ 725 milhões. A defesa da filha nega que ela tenha roubado da mãe. O pedido de conversão de prisão temporária para preventiva partiu do Ministério Público (MP), que acompanha as investigações.
Prisão e golpe
O grupo havia sido preso em agosto, durante a Operação Sol Poente. A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou que a filha da idosa elaborou todo o plano no início de 2020. O primeiro passo foi contratar uma mulher para abordar a mãe no meio da rua e alertá-la sobre uma suposta morte iminente na família.
A mulher que se passou por uma vidente, levou a idosa a uma cartomante e uma mãe de santo, também contratadas, onde foi sugerido para a vítima pagar ”um trabalho” para salvar sua filha.
A idosa contou para a filha, que fingiu estar apavorada com a situação. Com medo de uma tristeza maior, a idosa obedeceu, e fez, em um intervalo de 15 dias, pagamentos que totalizaram R $15 milhões. Após as contratações, a filha começou a isolar a mãe dentro de casa, dispensando funcionários e serviços domésticos.
A idosa foi vítima de roubo de joias (6 milhões), roubo de quadros (709 milhões), pagamentos de trabalhos espirituais (5 milhões) e transferências sob ameaça da filha.