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sábado, 23 de novembro de 2024
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Manifestações

7 de setembro é marcado por movimentos em apoio a Bolsonaro

Em Goiânia, manifestantes se reuniram no parque Vaca Brava onde entoaram: “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão.

Postado em 8 de setembro de 2022 por Felipe Cardoso

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) usaram como pano de fundo as comemorações do bicentenário da Independência do Brasil para mostrar força. Em Goiás, foram registrados atos em apoio ao presidente em diversas cidades. A capital ficou com o protagonismo ao reunir centenas de pessoas nas intermediações do parque Vaca Brava. O ato foi encabeçado por líderes de frentes conservadoras. 

A concentração dos apoiadores do presidente teve início por volta das 16h. Às 18h, o encontro atingiu o seu ápice. Neste momento chegaram ao local apoiadores bolsonaristas e candidatos de todas as instâncias. Dentre eles, o candidato do presidente no estado, Major Vitor Hugo (PL). O governadoriável chegou em um trio elétrico acompanhado do candidato ao senado da chapa, Wilder Morais (PL). 

Ambos acenaram para a militância e entoaram junto aos manifestantes os dizeres: “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”. Também marcaram presença no encontro os candidatos à Câmara Federal Paulo Trabalho (PL) e Gustavo Gayer (PL). Pelo menos dois dos concorrentes à Alego também transitaram por entre a multidão: Delegado Eduardo Prado (PL) e Major Araújo (PL). A convocação da militância partiu do próprio presidente que, em vídeo divulgado nas redes sociais, aparece ao lado de Vitor Hugo divulgando a data e o local do encontro. 

Dentre as faixas e cartazes expostos pelos apoiadores, um chamou mais atenção. Ele trazia a seguinte frase: “Queremos o saneamento das instituições STF, TSE e Congresso”. Na parte inferior do mesmo cartaz, havia uma outra frase direcionada, desta vez, ao governador e candidato à reeleição, Ronaldo Caiado: “Caiado, fique em casa. A eleição a gente vê depois. E de eleição eu entendo, sou eleitor”. Diversos participantes tiraram fotos segurando a faixa.

Vale lembrar que a segunda parte da manifestação diz respeito às falas do governador ao longo de um dos períodos mais graves da pandemia. À época, enquanto Caiado defendia o isolamento social, Bolsonaro insistia na defesa da pauta econômica. O descompasso entre os gestores resultou mais tarde em um rompimento político entre as lideranças. 

Bolsonaro discursa para a militância em Brasília e Rio 

O presidente aproveitou o 7 de setembro para discursar para a militância. O primeiro encontro com os manifestantes foi na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Ao falar com a multidão, o presidente agradeceu a Deus pela oportunidade em governar a nação e disparou contra as gestões anteriores. “Brasil, terra prometida. Brasil, um pedaço do paraíso. Alegria em ser brasilieiro e orgulho por ter nascido nessa terra. Nosso objetivo: a liberdade eterna. A nossa liberdade é essencial para a nossa vida e nenhum país no mundo tem o que nós temos. Podem ter certeza que a graça de Deus, que me deu uma segunda vida e a oportunidade de governar o país, nos permitirá atingir nosso objetivo”, disse ao abrir o discurso. 

Em um segundo momento, Bolsonaro destacou que hoje os brasileiros contam com um presidente que acredita em Deus, respeita seus militares, defende a família e deve lealdade ao seu povo”. “Vocês sabem a beira do abismo que o Brasil se encontrava há poucos anos, atolado em corrupção e desmando. Demos uma nova vida a essa Esplanada dos Ministérios, com pessoas competentes, honradas e patriotas. Começamos a mudar o nosso Brasil”, pontuou. 

O chefe do Executivo também falou rapidamente sobre a chegada da Covid-19. “Veio a pandemia e lamentamos todas as mortes. Veio também aquela política do “fique em casa” que a economia a gente vê depois. Enfrentamos as consequências de uma guerra lá fora. Quando parecia que tudo estaria perdido para o mundo, eis que o Brasil ressurge com uma autonomia pujante, com uma das gasolinas mais baratas do mundo e um dos programas emergenciais mais abrangentes. Temos recorde na geração de empregos, inflação despencando e um povo maravilhoso e entendendo onde o país pode chegar”. 

Para Bolsonaro, a eleição que se aproxima representa uma “luta do bem contra o mal”. Ao falar sobre o assunto à multidão, disparou: “Um mal que perdurou sob o nosso país por 14 anos e quase quebrou a nossa pátria. Um mal que agora deseja voltar à cena do crime. Não voltarão. O povo está do nosso lado. O povo está do lado do bem e sabe o que quer. Tenho certeza que a vontade do povo se fará presente no próximo dia 2 de outubro. Vamos votar e convencer aqueles que pensam diferente de nós”. 

Enquanto falava, os manifestantes entoavam: “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”. Depois de estabelecer uma comparação, inclusive, entre as primeiras-damas e entoar o coro “imbroxável” à multidão, Bolsonaro mudou o tom e disse ser “obrigação de todos jogar dentro das quatro linhas da Constituição”. “Com uma reeleição nós traremos para dentro dessas quatro linhas todos aqueles que ousam ficar fora delas. (…) Nunca vi um mar tão grande com as cores verde e amarela. Aqui não tem a mentirosa Datafolha, aqui temos o nosso ‘datapovo’. Aqui temos a vontade de um povo honesto, livre e trabalhador”, finalizou. 

Na sequência, Bolsonaro seguiu para Copacabana, no Rio de Janeiro, onde participou do mesmo ato em alusão ao bicentenário da independência. Lá, o presidente falou com a multidão concentrada na Av. Brasil. 

Ao discursar, Bolsonaro voltou a fazer comparações. Apesar de não citar o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o chefe do Executivo disse que não foi muito bem educado ao falar palavrões em determinadas situações, mas arrematou dizendo que pelo menos não é ladrão. 

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