Presidente eleito terá o desafio de lidar com um Congresso polarizado
Desempenho nas urnas impõe dificuldades para o vencedor conseguir aprovar projetos de seu interesse
Com a polarização entre esquerda e direita durante as eleições 2022, já é possível dizer que, independentemente do candidato ao Palácio do Planalto vencedor em segundo turno, o candidato eleito terá um enorme desafio pela frente para construir bases de apoio e aprovar matérias de seu interesse em um Legislativo polarizado.
Assim como durante toda campanha presidencial até o primeiro turno, as disputas pelas 540 vagas do Legislativo também foram contaminadas pela polarização registrada no pleito presidencial e protagonizada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
Entre as vagas para senadores, deputados estaduais e federais, o bolsonarismo mostrou sua força e saiu em vantagem na disputa pelo Parlamento. Caso seja reeleito em 30 de outubro, Bolsonaro terá, a partir de 2023, as maiores bancadas da Câmara e do Senado.
Em relação ao apoio do Legislativo, os resultados colocam Bolsonaro à frente na disputa contra Lula. Entre os deputados eleitos, há 187 aliados ao atual mandatário do pais. Entre os senadores, 24 dos 81 parlamentares podem ser considerados adeptos aos princípios do atual presidente.
Apesar do bom desempenho na disputa, Lula também tem motivos para comemorar. O PT registrou um crescimento importante em comparação à bancada atual, em especial na Câmara, ao eleger 68 deputados petistas. Se garantir a vitória no próximo pleito, Lula terá 122 deputados aliados em seu governo. No âmbito do Senado, a bancada petista também cresceu: passará a contar com nove senadores, somando, desta forma, 12 apoiadores na Casa Alta do Congresso.
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