O debate presidencial entre Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), promovido na noite de domingo (16/10), contou com momentos no mínimo curiosos, quando o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro foi visto aconselhando o presidente e candidato à reeleição.

Moro e Bolsonaro se aproximaram em 2018, o que levou o ex-juiz a assumir o Ministério da Justiça e até mesmo incitar rumores sobre uma possível indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Entretanto, a amizade não durou muito. Em 2020, Moro saiu do governo em clima de “mal-estar”, acusando Bolsonaro de interferir na Polícia Federal para impedir investigação sobre seus filhos.

Os desafetos, entretanto, aparentaram nunca existir durante o debate. Moro até deu entrevista ao lado de Bolsonaro, quando respondeu se poderia voltar a ocupar algum cargo de primeiro escalão em possível reeleição do presidente.

“Meu plano é representar a população paranaense no Senado. Não tenho a intenção de integrar o Poder Executivo, não fui convidado nem me convidei. Eu vou estar no Senado, como um senador forte e independente”, disse o ex-juiz da Lava Jato.

Moro reafirmou que se posiciona “contra Lula e o projeto de poder do PT” e disse que, apesar das divergências com o atual chefe do Executivo federal, “as convergências são muito maiores”. O ex-ministro se esquivou quando perguntado sobre os motivos que o levaram a sair do governo em 2020.

Questionado no fim do debate por jornalista sobre a reaproximação com Moro, Bolsonaro brincou: “Você nunca brigou em casa com o marido?”.

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