Em reunião que deve ser realizada nesta quarta-feira (26/10) em São Paulo, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), poderá discutir uma fusão com o Patriota. Uma possível fusão entre os dois partidos mudaria o eixo político em Goiás, fortalecendo o grupo político do presidente do Patriota no Estado, Jorcelino Braga.

Outra consequência da aliança seria uma provável mudança no futuro partidário do ex-candidato ao governo de Goiás, Gustavo Mendanha (Patriota).

Segundo informações preliminares, a fusão entre as legendas ocorreria com uma forma de driblar a cláusula de barreira, que tem influência sobre o fundo eleitoral. A regra estipula que os partidos precisam eleger ao menos 11 deputados federais distribuídos em 9 Estados ou ter no mínimo 2% dos votos válidos para a Câmara no mesmo número de unidades da federação.

Uma das exigências da executiva nacional do Patriota é que presidente de honra do PTB, Roberto Jefferson, não ocupe qualquer cargo na Executiva Nacional do novo partido e nem comande diretório estadual. Segundo fontes, a exigência do Patriota estava na mesa antes mesmo de Jefferson atirar contra agentes da Polícia Federal (PF) que tentavam cumprir um mandado de prisão em seu desfavor.

Outras fusões

No início de outubro do ano passado, DEM e PSL se reuniram em Brasília, após convenções separadas, para anunciar a fusão entre as duas siglas, criando, assim, a União Brasil, a maior legenda de Goiás e uma das maiores do país.

“O Democratas [DEM] e o PSL juntos têm aquilo que nós sabemos: espírito público, garra e coragem”, disse, à época, o governador Ronaldo Caiado durante o seu discurso.

Para existir oficialmente, o União Brasil precisou da homologação do Tribunal Superior Eleitoral. Uma vez alcançada, uma onda de políticos do PSL, principalmente aqueles mais próximos do presidente Jair Bolsonaro (PL), deixaram o partido que ainda assim permaneceu forte.

Quando ocorre uma fusão, vale lembrar, os filiados podem trocar de legenda sem se preocupar com a perda de mandato.