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domingo, 17 de novembro de 2024
Em Análise

PEC que limita decisões do STF é debatida na Câmara

Depois de passar pela CCJ, proposta será analisada em plenário

Postado em 16 de agosto de 2024 por Tathyane Melo
Depois de passar pela CCJ, proposta será analisada em plenário | Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), deu prosseguimento à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 8/2021 nesta sexta-feira (16). A proposta, aprovada pelo Senado em novembro do ano passado, visa restringir as decisões monocráticas no Supremo Tribunal Federal (STF) e em outros tribunais superiores. Agora, a PEC segue para análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A PEC 8/2021 surge em meio a um contexto de crescente discussão sobre o poder concentrado nas mãos de um único magistrado ao tomar decisões de grande impacto. O texto da emenda proíbe que decisões monocráticas suspendam a eficácia de leis ou atos normativos com efeitos gerais ou impeçam ações de figuras como o presidente da República e os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados.

Além disso, a PEC propõe o veto a decisões individuais que possam interferir na tramitação de propostas legislativas, influenciar políticas públicas ou gerar novas despesas para qualquer Poder.

PEC e decisões

Conforme o avanço na tramitação da PEC reflete a recorrente preocupação dos parlamentares com o uso das decisões monocráticas. Que, ainda provisórias, têm o potencial de causar grandes repercussões até serem confirmadas ou rejeitadas pelo pleno do tribunal. Ao enviar a proposta para a CCJ, Lira sinaliza uma possível mudança no equilíbrio de poderes entre o Judiciário e o Legislativo. Isso acontece com a intenção de estabelecer maior colegialidade e reduzir a influência individual de ministros em temas de relevância nacional.

Diversos setores acompanham de perto a movimentação política em torno da PEC 8/2021. Isso pois sua aprovação pode alterar o funcionamento do sistema judicial no Brasil. Caso receba parecer favorável na CCJ, a proposta ainda precisará ser aprovada em dois turnos no plenário da Câmara dos Deputados antes de seguir para promulgação.

Na manhã desta sexta-feira, o STF, por meio do ministro Flávio Dino, confirmou decisões provisórias que suspenderam a execução de diferentes emendas parlamentares ao Orçamento da União. Entre as emendas afetadas estão as impositivas individuais e de bancada dos estados, cuja execução seria obrigatória. 

Além disso, foram suspensas as chamadas “emendas Pix”. Elas permitem transferências diretas a estados e municípios por indicação individual de parlamentares. Isso sem a necessidade de vincular a verba a projetos, programas ou convênios específicos.

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