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segunda-feira, 2 de setembro de 2024
Ainda sem o X

STF mantém bloqueio da rede social X no Brasil

Moraes propôs uma multa de R$ 50 mil para quem utilizar “subterfúgios tecnológicos” para continuar acessando o X durante a suspensão

Postado em 2 de setembro de 2024 por Herbert Alencar
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Foto reprodução

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos nesta segunda-feira (2) para manter a rede social X suspensa no Brasil. A decisão vale até que a plataforma cumpra as determinações da Justiça, pague multas aplicadas por desobediência a ordens judiciais — que somam mais de R$ 18 milhões — e indique um representante legal no país.

Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram pela manutenção do bloqueio. Cármen Lúcia e Luiz Fux ainda devem se manifestar até o fim desta segunda-feira. A decisão é referente ao julgamento da liminar de Alexandre de Moraes, que havia determinado o bloqueio da rede social.

Elon Musk sob investigação

Desde abril, Elon Musk, proprietário do X, tem descumprido ordens do ministro Alexandre de Moraes, que exigiam o bloqueio de contas de investigados pelo STF. Musk também não pagou as multas por descumprimento judicial, que já somam R$ 18,35 milhões, e publicou sátiras contra o ministro, sendo incluído no inquérito das milícias digitais.

A rede social também fechou seu escritório no Brasil em 17 de agosto, após Moraes ter ameaçado prender a então representante legal da empresa no país.

Voto de Alexandre de Moraes

No voto que determinou a suspensão, Alexandre de Moraes destacou que a plataforma desobedeceu às ordens judiciais e incitou o ódio contra a Suprema Corte. Ele afirmou que Musk confunde liberdade de expressão com liberdade de agressão e que a rede social é usada para incitar atos antidemocráticos. Moraes também mencionou que o descumprimento das ordens judiciais é um problema observado em outros países.

Moraes propôs uma multa de R$ 50 mil para quem utilizar “subterfúgios tecnológicos” para continuar acessando o X durante a suspensão. O ministro Flávio Dino acompanhou seu voto e reforçou que a liberdade de expressão está intrinsecamente ligada à responsabilidade.

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