Com um orçamento drasticamente reduzido, o desfile de 7 de Setembro em Brasília deste ano será uma vitrine das pautas do governo Lula (PT). O evento, que ocorrerá com o tema “Independência e democracia”, busca enfatizar a celebração do Estado e se distanciar do bolsonarismo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou os chefes dos três Poderes e todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para marcar presença na cerimônia.

A redução dos gastos, que caiu para R$ 10 milhões, quase metade do orçamento anterior, impactará significativamente o evento. A crise orçamentária levou o Ministério da Defesa e a Secretaria de Comunicação Social (Secom) a considerar o cancelamento da solenidade, mas a decisão final foi pela realização do desfile em razão da importância simbólica da data.

Para garantir a segurança, o acesso à Praça dos Três Poderes será restrito. Prédios públicos ao redor serão protegidos por gradis, e o público passará por revistas rigorosas. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) informou que as arquibancadas e palanques terão entradas diferenciadas para autoridades e público geral. Itens como objetos pontiagudos, garrafas de vidro e hastes de bandeiras estarão proibidos na Esplanada dos Ministérios.

 Logística do Evento

As autoridades monitorarão a área ao redor com câmeras, drones e informações em tempo real enviadas ao Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob). Além disso, montarão a Cidade da Segurança Pública ao lado do Museu da República, onde reunir-se-ão as forças de segurança para o evento.

A dificuldade em organizar a logística do desfile resultou na exclusão de grupos. Como o Movimento Sem-Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) da festividade. Apesar de uma demanda inicial de incluir esses grupos, reportada pelo jornal O Estado de São Paulo (Estadão), a presença deles teria causado desconforto entre os militares.

Ato da Oposição em São Paulo

Simultaneamente ao desfile em Brasília, a oposição promoverá um ato em São Paulo, na avenida Paulista, com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e focado em críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.