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quarta-feira, 9 de outubro de 2024
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Anthonomus grandis

Algodoeiros de 54 municípios goianos iniciam vazio sanitário

Data marca período em que é proibida a presença de plantas cultivadas de algodão ou plantas com risco fitossanitário

Postado em 11 de setembro de 2024 por Alexandre Paes

Foi dado início ao período do vazio sanitário da cultura do algodoeiro em 54 municípios do Estado de Goiás, que fazem parte da Região 3, definida pela Instrução Normativa nº 04/2019 da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). O documento estabelece as medidas fitossanitárias para a prevenção e o controle do bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) em cultivos de algodão no Estado, conforme imposto pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

O vazio sanitário é o período definido e contínuo em que é proibido cultivar, manter ou permitir, em qualquer estágio vegetativo, plantas vivas emergidas de uma espécie vegetal em uma determinada área. No caso do algodão, esse período compreende tanto as plantas cultivadas de algodão, quanto as plantas com risco fitossanitário para a praga, ou seja, plantas voluntárias e plantas rebrotadas (soqueiras) do algodoeiro com presença de estruturas reprodutivas. 

“O vazio sanitário tem por objetivo reduzir o índice populacional da praga no campo em uma determinada cultura, como o bicudo-do-algodoeiro, que tem uma grande importância econômica para o algodão”, explica o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos. “Nesse sentido, o vazio sanitário se soma a uma série de medidas fitossanitárias, que incluem o calendário de semeadura, o cadastro das lavouras, a destruição dos restos culturais após a colheita, bem como os métodos de controle adequados no Manejo Integrado de Pragas (MIP), todos com o objetivo de conter a disseminação da praga no Estado.”

A Região 3, cujo vazio se estende de 10 de setembro a 19 de novembro, é composta pelos seguintes municípios: Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Alto Paraíso de Goiás, Alvorada do Norte, Anápolis, Barro Alto, Bonfinópolis, Buritinópolis, Cabeceiras, Campinaçu, Campo Limpo de Goiás, Campos Belos, Cavalcante, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Colinas do Sul, Cristalina, Damianópolis, Divinópolis de Goiás, Flores de Goiás, Formosa, Gameleira de Goiás, Goianápolis, Guarani de Goiás, Iaciara, Leopoldo de Bulhões, Luziânia, Mambaí, Mimoso de Goiás, Minaçu, Monte Alegre de Goiás, Nerópolis, Niquelândia, Nova Roma, Novo Gama, Orizona, Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina, Posse, Santo Antônio de Goiás, Santo Antônio do Descoberto, São João da Aliança, Silvânia, Simolândia, Sítio d’ Abadia, Terezina de Goiás, Teresópolis de Goiás, Valparaíso de Goiás, Vianópolis, Vila Boa e Vila Propício.

Ainda em setembro, outras duas regiões darão início ao período do vazio sanitário. Na Região 1, composta por 73 municípios, o período do vazio sanitário será de 15 de setembro a 25 de novembro, enquanto na Região 2, com outros 30 municípios, o período do vazio sanitário se estenderá de 20 de setembro a 30 de novembro.

Excepcionalidades

Conforme a Instrução Normativa nº 04/2019 da Agrodefesa, existem excepcionalidades quanto à semeadura e à manutenção de plantas vivas de algodão, durante o período do vazio sanitário. São permitidas em cultivos destinados à pesquisa científica; de material genético sob responsabilidade e controle direto do obtentor ou indutor; para produção de sementes genéticas; e em Projetos Públicos de Irrigação no estado de Goiás;

“Nestes casos, a autorização deve ser solicitada pelo interessado à Agrodefesa, por meio de formulário de Requerimento, até 30 dias antes da data provável da semeadura do algodão”, complementa Maxwell. “Lembrando que as novas semeaduras devem obrigatoriamente serem cadastradas no Sidago, da Agrodefesa”, lembrou.

O bicudo-do-algodoeiro é considerado a praga mais séria da cotonicultura brasileira, pelos danos que ocasiona e pela dificuldade do seu controle. Sua detecção no Brasil deu-se pela primeira vez, em fevereiro de 1983, na região de Campinas (SP), e atualmente encontra-se distribuído em quase todos os estados brasileiros onde se cultiva o algodoeiro. Em Goiás, a praga foi constatada na safra 1997/98 e, a partir dessa data, encontra-se presente em quase todos os municípios do Estado.

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