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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024
Justiça

STF retoma julgamento que pode ampliar Foro Privilegiado

Além de Mendes, os ministros Dias Toffoli, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso já votaram na mesma direção

Postado em 20 de setembro de 2024 por Yago Sales
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil/Arquivo

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, nesta sexta-feira (20), o julgamento virtual que pode ampliar o foro por prerrogativa de função. Essa é a forma técnica do foro privilegiado para parlamentares e ministros de Estado. O julgamento impactará deputados federais e senadores que respondem a processos na Corte.

Antes de tudo, porém, os ministros suspenderam a análise do caso em abril devido a um pedido de vista do ministro André Mendonça. Até agora, seis ministros já votaram a favor da ampliação do foro. O voto do ministro Gilmar Mendes prevalece no julgamento.

Pelo entendimento atual, o STF mantém o foro privilegiado de um político se o crime ocorrer durante o exercício da função. Contudo, se o político renunciar, não se reeleger ou tiver a candidatura cassada, o processo continuará na Corte. Assim, essa regra pode mudar.

Leia mais: Decisão que pode ampliar alcance do foro privilegiado é adiada

Além de Mendes, os ministros Dias Toffoli, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso já votaram na mesma direção. Agora, os votos de cinco ministros ainda são necessários para completar a decisão.

A Corte analisa um habeas corpus que a defesa do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) protocolou. O parlamentar enfrenta acusações de “rachadinha” por suspeita de exigir parte do salário de funcionários de seu gabinete em 2013, quando era deputado federal. Com o tempo, o político se tornou vice-governador do Pará e, posteriormente, senador. Assim, a Justiça transferiu o processo entre as suas instâncias.

Além disso, a ex-senadora Rose de Freitas também teve seu recurso julgado. O julgamento virtual encerrará na próxima sexta-feira (27). Durante a sessão, os ministros depositam seus votos no sistema eletrônico, sem deliberação presencial. Dessa forma, a decisão sobre o foro privilegiado poderá impactar significativamente a política brasileira.

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