Furacão Milton: FEMA alerta para enchentes mortais na Flórida
A história mostra que furacões de categoria 5 são raros, mas devastadores.
Nesta quarta-feira (9), a Agência Federal de Gestão de Emergências dos Estados Unidos (FEMA) emitiu um alerta grave. O furacão Milton deve provocar uma enchente “mortal” na Flórida.
Além disso, a FEMA adiantou que estradas do estado podem ser destruídas. O núcleo do furacão deve passar sobre o centro-oeste da Flórida. Isso trará uma maré de tempestade significativa ao longo da costa antes de atingir a terra firme.
Na noite da ultima terça-feira (08), o Centro Nacional de Furacões (NHC) atualizou suas previsões. O furacão “oscilou” para o sul, levando os meteorologistas a alterar ligeiramente sua trajetória. Mesmo as previsões mais precisas podem apresentar desvios de cerca de 100 km a 36 horas da tempestade.
Esses dados sublinham a dificuldade de prever o comportamento das tempestades.
A história mostra que furacões de categoria 5 são raros, mas devastadores. Um banco de dados da NOAA revela que, desde 1924, apenas 40 tempestades no Atlântico alcançaram essa categoria. Contudo, apenas quatro chegaram a terra com essa intensidade. As recordações de furacões passados ressaltam os riscos.
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Furacão Camille
O furacão Camille, por exemplo, atingiu o Mississippi em 1969. Ele provocou uma maré de tempestade com ondas de até 7 metros, causando destruição ao longo da costa. Camille matou 259 pessoas, a maioria na Virgínia. Os prejuízos foram estimados em cerca de US$ 1,4 bilhão, o que equivale a R$ 7,75 bilhões.
Furacão Andrew
Outro furacão devastador foi o Andrew, que dizimou o sul da Flórida em 1992. Com ventos sustentados de até 265 km/h e rajadas de até 280 km/h, Andrew causou 26 mortes diretas. Além disso, foi responsável por dezenas de outras mortes. Os danos totais alcançaram US$ 30 bilhões, ou R$ 166 bilhões, tornando-se o desastre natural mais caro da história dos EUA na época.
Furacão Michael
Mais recentemente, Michael atingiu a Flórida em 2018. Com ventos de 257 km/h, foi a tempestade mais forte a atingir o estado. Michael resultou em pelo menos 74 mortes, sendo 59 nos EUA e 15 na América Central. O prejuízo estimado foi de cerca de US$ 25,1 bilhões, ou R$ 138 bilhões.
Furacão Milton
Agora, Milton se aproxima, menos de duas semanas após o furacão Helene. Helene, uma tempestade de categoria 4, matou mais de 200 pessoas e se tornou o furacão mais mortal a atingir os EUA desde o Katrina, em 2005. Essa sequência de eventos extremos levanta preocupações sobre a vulnerabilidade da Flórida.
A FEMA orienta os residentes a se prepararem para a chegada do Milton. O órgão recomenda que as pessoas tenham um plano de evacuação e um kit de emergência em casa. Esses itens devem incluir água, alimentos não perecíveis e lanternas. Além disso, é essencial que todos sigam as orientações das autoridades locais.
As comunidades se mobilizam para enfrentar a tempestade. Muitas cidades estão em estado de alerta. Escolas e empresas fecham suas portas temporariamente.
A previsão é de que a maré de tempestade leve a inundações em áreas costeiras. Portanto, a preparação é vital.
Em resumo, Milton representa um risco significativo para a Flórida. As enchentes e a destruição das estradas podem ter consequências devastadoras. A história mostra que a força dos furacões pode ser implacável.