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terça-feira, 3 de dezembro de 2024
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Eleições 2024

Na reta final, Caiado e Bolsonaro dobram apostas em Goiânia e Aparecida 

É esperado para os próximos dias uma intensa movimentação por parte das lideranças na tentativa de empurrar seus candidatos

Postado em 10 de outubro de 2024 por Felipe Cardoso

No último domingo, 6, a maior parte dos municípios brasileiros colocaram um fim nas disputas eleitorais pelas prefeituras. Em Goiás, que conta com um quantitativo de 246 municípios, a situação foi resolvida em 243 deles. Três cidades, as únicas, por sinal, com possibilidade de segundo turno — em função dos mais de 200 mil eleitores —  a briga será decidida em 27 de outubro. 

Em pouco menos de 20 dias, os eleitores dos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis voltarão às urnas para escolher seus representantes. Com a briga condensada entre dois nomes, a situação exige, naturalmente, um trabalho mais intenso na busca pelos eleitores daqueles que ficaram fora do páreo. 

E é nesse contexto que dois grandes players políticos prometem entrar (ainda mais) em cena nos próximos dias. Acontece que em duas das três cidades as candidaturas representam, sobretudo, um duelo direto entre o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Caiado já arregaçou as mangas e mergulhou com ainda mais afinco na corrida eleitoral desde o resultado das urnas que revelou Sandro Mabel (UB) — diferentemente do esperado — em segundo lugar.  Em vídeo recente, o gestor partiu para cima do candidato bolsonarista na capital, Fred Rodrigues (PL), sem titubear.

Ele acusou o bolsonarista de espalhar fake news. Segundo Caiado, as acusações de aliança com o PT são infundadas e fazem parte de uma estratégia comum entre “políticos de celular”. Caiado afirmou que jamais buscaria apoio do PT e ressaltou que nunca votou em Lula. 

“Primeiro, não sou o recém convertido à direita, nunca votei no Lula, ao contrário do nosso adversário”, disse. Ele criticou Fred Rodrigues, dizendo que o candidato de Bolsonaro nunca fez nada pela cidade e só usa as redes sociais para atacar. “Canalhice sem tamanho”, completou.

Para além disso, Caiado tem acompanhado seu candidato em diversas agendas. A intenção é  tentar transferir o máximo possível de votos e, claro, vender a ideia de que Mabel, na contramão do adversário, é um político com experiência e capacidade para assumir o posto.

Do outro lado, Fred Rodrigues, por meio de sua equipe e apoiadores, não tem poupado esforços para colar a imagem de Mabel à esquerda. O político não apenas resgatou vídeos em que o ex-deputado federal defende explicitamente a então presidente Dilma Rousseff, do PT, como também tem trabalhado para mostrar que Mabel e o partido “caminharão juntos”. 

O apelo é para que os goianienses se juntem à luta contra a esquerda, ‘representada e contemplada em um eventual futuro governo encabeçado pelo empresário’. Um apoio de peso é esperado para os próximos dias, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro deve passar pelo estado, em visita às três cidades que contam com bolsonaristas na corrida pelo segundo turno. A agenda que terá início no final desta semana já foi confirmada e largamente divulgada pelos veículos de imprensa.

Ainda que os holofotes estejam voltados em grande parte para a  disputa em Goiânia, Aparecida e Anápolis não ficam atrás no que diz respeito ao calor da disputa. Na vizinha Aparecida, Leandro Vilela é sinônimo de Caiado, tal qual Professor Alcides é espelho de Bolsonaro. Na contramão da capital, onde o candidato bolsonarista terminou em primeiro, em Aparecida a vantagem ficou com o nome de Caiado. Na tentativa de mostrar seu poderio — em especial para 2026 —, o governador tem buscado com unhas e dentes liquidar a disputa de ambos os lados. 

Em Anápolis, a situação é diferente. A leitura é que caiadismo e bolsonarismo caminharão de mãos dadas na tentativa de derrubar o candidato petista, Antônio Gomide. O bolsonarista Marcio Correa não era o candidato de Ronaldo Caiado, que tinha como indicada Eerizania de Freitas — ela terminou na terceira colocação. Porém, com ambos os lados imbuídos da missão de minimizar a força do PT em Goiás, a aposta é que devem se juntar a um só palanque.

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