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domingo, 15 de dezembro de 2024
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Pesquisa

De olho em 2026, Caiado precisa combater o desconhecimento

Pesquisa da Quaest indica que 59% do eleitorado não conhece o governador de Goiás

Postado em 15 de dezembro de 2024 por Thiago Borges
De olho em 2026, Caiado precisa combater o desconhecimento
Foto: Herbert Alencar/O Hoje

Para aqueles políticos que almejam ocupar o mais alto cargo político do país, a Presidência da República, os desafios são inúmeros e chegam a todo instante. Já declarado, em alto e bom som, pré-candidato ao Palácio do Planalto em 2026, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) já começa a se deparar com os primeiros empecilhos que irão dificultar – e muito – o seu plano de ocupar a cadeira presidencial.

O primeiro deles é um já conhecido, que foi enfrentado pelo grupo caiadista na disputa municipal deste ano: o desconhecimento. A pesquisa Quaest, divulgada na última quinta-feira (12), mostra que 59% dos entrevistados não conhecem o governador. Caiado é o segundo mais desconhecido da lista, apenas o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), apresentou um percentual maior no quesito – 61%.

Na pesquisa em questão, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT); o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); o ex-candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB); a ex-primeira-dama, Michele Bolsonaro; e o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), também foram citados. 

De fato, Caiado é um político longevo, iniciou sua carreira política em 1989, na primeira eleição direta do país desde a retomada da democracia. Porém, em comparação aos demais citados no levantamento, o governador está mais distante do protagonismo nacional.

Ter sua atuação política restringida a Goiás é um fator nessa balança. Marçal e Tarcísio, por exemplo, possuem a atenção midiática por estarem no maior estado do país, em questões políticas e econômicas. O governador de São Paulo é também o primeiro da lista do núcleo bolsonarista para substituir o ex-presidente. Marçal, de forma pouco ética, transformou a eleição pela prefeitura de São Paulo mais nacional do que nunca e atraiu os holofotes e grande parcela do eleitorado para si. 

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Para combater o desconhecimento, Caiado terá que percorrer o país e intensificar o engajamento em pautas nacionais. O político certamente irá se apoiar nos feitos políticos realizados enquanto deputado (estadual e federal), senador e, agora, governador do Estado. 

O ponto positivo para Caiado e o grupo ao seu redor, que irá trabalhar em seu projeto político de 2026, é que o núcleo já enfrentou o problema. A situação de Sandro Mabel (União Brasil) quando foi anunciado pré-candidato à Prefeitura de Goiânia era a mesma de Caiado no âmbito nacional: grande parcela do eleitorado não o conhecia.

A aposta de Mabel e da base governista foi uma campanha incessante que começou cedo. Na época, os favoritos Vanderlan Cardoso (PSD) e Adriana Accorsi (PT) se ocupavam quase que integralmente com as obrigações de senador e deputada em Brasília. A disputa pela prefeitura ficou em segundo plano. Mabel aproveitou a brecha, e o resultado foi sua vitória em outubro.

É claro que comparar a eleição municipal de Goiânia com a de Presidente da República é descabido, mas, de todo modo, Caiado e seu grupo político já passaram pela situação. Além disso, para combater o desconhecimento de Mabel – que estava há mais de 10 anos fora da política – a estratégia foi veicular a imagem do empresário incessantemente ao governador, aproveitando a popularidade de Caiado. 

Para o governador se popularizar pelas regiões do país, talvez a estratégia seja a mesma. O lançamento da pré-candidatura de Caiado será no próximo ano em Salvador, capital da Bahia, e a escolha não é atoa. Além de introduzir o nome de Caiado no Nordeste, região com forte apelo ao nome do presidente Lula, Salvador é a terra natal de ACM Neto, vice-presidente do União Brasil, e sua família – que tem longo histórico na política baiana. (Especial para O Hoje)

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