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terça-feira, 4 de março de 2025
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Obra simulada

Ex-presidente da Goinfra e mais sete são presos em operação da PCGO

Agentes da Polícia Civil cumpriram, ao todo, 15 mandados de prisão temporária na manhã desta terça

Postado em 28 de janeiro de 2025 por Felipe Cardoso
Lucas Vissotto foto Reprodução
Lucas Vissotto foto Reprodução

Foi preso, na manhã desta terça-feira, 28, o ex-presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (Goinfra), Lucas Vissotto. A prisão do ex-dirigente se deu pela operação “Obra Simulada”, da Polícia Civil de Goiás (PCGO).

A ação policial foi deflagrada com o objetivo de apurar uma fraude milionária em contrato da pasta firmado com uma empresa ligada ao Distrito Federal. O contrato em questão diz respeito à manutenção de prédios públicos. Além de Vissotto, outras sete pessoas terminaram presas. Agentes da Polícia Civil cumpriram, ao todo, 15 mandados de prisão temporária.

As irregularidades chegaram ao conhecimento das autoridades policiais por meio de relatórios técnicos e inspeções realizadas pela Gerência de Inspeções da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), pela Controladoria Geral do Estado (CGE) e pela Gerência Estratégica da Polícia Civil na Seinfra. Segundo a PCGO, ficou evidente que a empresa contratada obteve diversos pagamentos irregulares antecipados, sem que as obras ou serviços fossem suficientemente realizados para justificar os pagamentos, além disso foram constatados fortes indícios de superfaturamento nas intervenções.

Estima-se que os prejuízos iniciais ao erário público, causados pelos pagamentos indevidos, tenham sido de mais de R$ 10 milhões, estando excluído deste valor o gasto que o Estado ainda terá para reconstruir as estruturas que foram demolidas, mas não reerguidas pela empresa contratada.

A PCGO também constatou evidências de lavagem de dinheiro, haja vista que o fluxo financeiro do numerário, irregularmente obtido pelos pagamentos antecipados à empresa contratada, convergia para outras empresas sediadas no Distrito Federal, todas ligadas a familiares e amigos do “sócio oculto” da empresa contratada, além de diversos saques realizados diretamente na “boca do caixa”, logo depois da realização dos pagamentos.

Governo goiano

O Governo de Goiás se pronunciou sobre o assunto por meio de nota. O documento diz que conforme informado pela própria Polícia Civil de Goiás, as suspeitas de irregularidades foram levantadas pelo próprio Governo por meio de seus sistemas internos de controle, e devidamente comunicadas às autoridades policiais para as providências necessárias.

Lei mais: Caiado reorganiza governo para sair em pré-campanha

Em outro trecho, a Secretaria de Comunicação acrescenta que a gestão estadual tem ocmo premissa a tolerância zero com qualquer desvio de conduta no trato com o dinheiro público. “A gestão não ‘passa pano’ para ninguém e não há possibilidade de segunda chance”, diz antes de pontuar que o governo seguirá colaborando com as investigações em andamento.

Lucas Vissotto foi afastado da presidência da Goinfra em abril do ano passado por meio de decreto assinado pelo governador Ronaldo Caiado (UB). A reportagem não localizou os advogados responsáveis pela defesa do ex-dirigente da pasta. O espaço, no entanto, segue aberto para manifestação do contraditório.

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