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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
ASTRONOMIA

Abril terá show no céu com Lua Rosa, chuva de meteoros e planetas alinhados; veja as datas

Fenômenos celestes poderão ser vistos a olho nu em várias partes do Brasil durante o mês

Thais Airespor Thais Aires em 8 de abril de 2025
Abril

Abril chegou com promessas de noites movimentadas no céu. Para quem gosta de acompanhar os fenômenos astronômicos, o mês reserva uma sequência de eventos que poderão ser observados sem telescópio em várias regiões do Brasil. Entre eles, estão a chamada Lua Rosa, a chuva de meteoros Líridas e uma série de alinhamentos planetários que vão colorir as madrugadas.

O primeiro destaque é a Lua Rosa, prevista para iluminar o céu entre os dias 13 e 14 de abril. Apesar do nome, a coloração do satélite não muda — o termo faz referência ao flox musgoso, flor de tom rosado que floresce nesta época do ano no Hemisfério Norte.

A data marca a primeira Lua Cheia após o equinócio de outono no Hemisfério Sul (e de primavera no Norte). Em 2025, a Lua também estará em seu apogeu, o ponto mais distante da Terra, o que a torna uma Microlua. No Brasil, o estado do Mato Grosso do Sul será um dos melhores locais para observar o fenômeno.

O que é a Lua Rosa?

Segundo a agência espacial norte-americana, assim como a Terra, a Lua tem um lado diurno e um lado noturno, que mudam conforme a Lua gira. O Sol sempre ilumina metade do satélite enquanto a outra metade permanece escura, mas o quanto somos capazes de ver dessa metade iluminada muda conforme as fases lunares.

O que caracteriza uma Lua Cheia é que estamos o mais próximo possível de ver a iluminação do Sol em todo o lado diurno da Lua.

Mas o nome Lua Rosa foi batizada desta maneira por tribos indígenas do nordeste dos Estados Unidos por conta das flores flox, nativas desta região, que começam a desabrochar com o início da primavera no hemisfério Norte e são cor-de-rosa.

Esta Lua Cheia de abril ainda recebe outros nomes, em sua maioria relacionados com o início da primavera no hemisfério Norte.

Alguns a chamam de Lua da Grama, em referência à volta do verde após o inverno. Ela também pode receber o nome de Lua do Peixe, pois está é a época que os peixes sobem o rio para desovar.

Chuva de meteoros vai riscar o céu

Logo depois da Lua Rosa, outro espetáculo natural deve chamar a atenção: a chuva de meteoros Líridas, um dos eventos mais antigos já registrados pela humanidade, com relatos que remontam a mais de 2.700 anos. O fenômeno ocorre quando a Terra atravessa a trilha de detritos do cometa C/1861 G1 (Thatcher).

A chuva começa a ser visível a partir de 16 de abril e segue até 25 de abril, com o pico previsto para a madrugada do dia 22 de abril. Durante esse período, será possível observar até 20 meteoros por hora cortando o céu a cerca de 49 km por segundo. O ponto de origem visual é a constelação de Lira, próxima à estrela Vega, uma das mais brilhantes da abóbada celeste.

Um fator que favorece a observação é a fase minguante da Lua durante essa semana, deixando o céu mais escuro e propício para enxergar os rastros luminosos, especialmente em locais com pouca poluição luminosa.

Lua Rosa
Chuva de meteoros Líridas (Observatório Espacial Heller & Jung / Divulgação)

Planetas em fila e encontros celestes

Além da Lua Rosa e da chuva de meteoros, abril também trará diversos alinhamentos planetários, alguns visíveis a olho nu, outros mais sutis, mas igualmente interessantes para quem acompanha o movimento dos astros.

Confira os principais eventos astronômicos do mês:

  • 10 de abril – Mercúrio e Saturno estarão em conjunção, aparecendo próximos no céu da manhã.
  • 17 de abril – Um raro alinhamento com Netuno, Mercúrio, Saturno e Vênus poderá ser observado. Embora Netuno precise de telescópio ou binóculo, os demais poderão ser vistos a olho nu.
  • 25 de abril – Vênus e Saturno estarão novamente próximos, dessa vez acompanhados da Lua, formando um belo triângulo celeste próximo à constelação de Peixes.

Esses encontros planetários costumam ser mais fáceis de observar durante o crepúsculo matutino. Em áreas com menos interferência luminosa, é possível enxergar claramente os pontos brilhantes que representam os planetas — alguns com brilho mais intenso, como é o caso de Vênus.

Para aproveitar melhor esses eventos, o ideal é buscar lugares abertos e com pouca iluminação artificial. Cidades do interior e regiões afastadas dos centros urbanos oferecem as melhores condições. Outra dica é contar com aplicativos de astronomia, que ajudam a identificar planetas, estrelas e constelações no céu em tempo real, além de informar os horários ideais de observação.

 

 

 

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