Filhas de Diddy deixam tribunal durante depoimentos fortes em julgamento por tráfico humano e extorsão
Chance, D’Lila e Jessie, filhas de Diddy, saíram da sala duas vezes durante a abertura do julgamento que acusa o rapper

As filhas do produtor musical Sean “Diddy” Combs, 55, estiveram presentes na audiência que marcou o início do julgamento do rapper, na Corte Distrital dos Estados Unidos, em Manhattan, na segunda-feira (12). Chance, D’Lila e Jessie, esta últimas gêmeas, deixaram a sala duas vezes ao longo da sessão, diante de depoimentos considerados fortes.
Diddy responde a cinco acusações criminais federais, entre elas extorsão, tráfico humano e transporte de pessoas para fins de prostituição. Um dos testemunhos mais contundentes foi do trabalhador sexual Daniel Phillip, que afirmou ter sido contratado pela cantora Casandra “Cassie” Ventura, ex-namorada de Combs, para manter relações sexuais com ela enquanto o artista observava. Phillip também declarou ter presenciado episódios de violência do rapper contra a então parceira.
Durante outro momento do julgamento, os promotores exibiram imagens de segurança de um hotel, registradas em 2016, em que Combs supostamente aparece agredindo Cassie. Suas filhas permaneceram no local durante a exibição do vídeo, assim como a mãe do músico, Janice Combs. Elas evitaram reações visíveis e mantiveram o olhar fixo à frente, enquanto os advogados de defesa assistiam à gravação.
O júri, composto por oito homens e quatro mulheres, foi selecionado pouco antes das declarações iniciais. A promotora Emily Johnson declarou que Combs utilizava sua gravadora, a Bad Boy Records, como fachada para uma suposta “organização criminosa”, com o apoio de funcionários e pessoas próximas para encobrir comportamentos violentos e abusivos.
Johnson também alegou que Diddy teria reagido com agressividade ao descobrir que Cassie, hoje com 37 anos, se relacionava com outro homem. Segundo a acusação, o artista usava gravações de festas sexuais — marcadas pelo uso de drogas — como forma de chantagem e manipulação emocional contra Cassie e outras mulheres.
Inicialmente indiciado por três crimes, Diddy passou a enfrentar duas acusações adicionais apresentadas posteriormente pelo Ministério Público. Ele nega todas as acusações, e sua equipe jurídica afirma que os relacionamentos citados eram consensuais.