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Combate a dengue

Força-tarefa contra o Aedes aegypti atua em regiões críticas

Distrito Noroeste lidera em número de casos prováveis, enquanto Campinas-Centro concentra o maior número de óbitos

Anna Salgadopor Anna Salgado em 13 de maio de 2025
Distrito Noroeste lidera em número de casos prováveis, enquanto Campinas-Centro concentra o maior número de óbitos
Foto: Iron Braz

Em meio ao avanço da dengue em Goiânia, a Prefeitura intensificou o combate ao mosquito Aedes aegypti com ações concentradas em imóveis fechados e abandonados — apontados como locais estratégicos para a proliferação do vetor. Levantamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mostra que, apenas nas regiões Noroeste e Sudoeste, 587 imóveis foram vistoriados, resultando em 239 autuações por irregularidades sanitárias.

As vistorias fazem parte da força-tarefa coordenada pela Superintendência de Vigilância em Saúde, em parceria com a Diretoria de Vigilância Ambiental. Ao todo, foram identificados 1.115 focos do mosquito, sendo 893 eliminados durante os trabalhos. Em outros 222 criadouros, os agentes aplicaram larvicida biológico, com o objetivo de bloquear o ciclo de reprodução do vetor.

O balanço parcial revela que terrenos baldios, casas desocupadas e obras paradas concentram grande parte dos problemas. De acordo com a SMS, muitas dessas propriedades acumulam lixo, entulho e reservatórios expostos, favorecendo a formação de criadouros, sobretudo durante o período chuvoso. A dificuldade de acesso, somada à negligência dos responsáveis, agrava o risco de surtos locais.

Leia mais: Dengue faz novas vítimas entre idosos em Goiânia e acende alerta sobre letalidade

Para garantir a entrada das equipes, a Prefeitura utiliza autorização judicial, quando necessário, ou atua com base no Código de Posturas do Município, que permite autuações em casos de omissão. Além disso, as autuações geram notificações formais e podem resultar em multas, caso não haja adequação.

A força-tarefa também tem como foco reduzir os índices apontados pelo Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), que em janeiro indicou 19 estratos com alto risco de infestação. As visitas aos imóveis considerados críticos vêm sendo intensificadas, principalmente em bairros onde foram identificadas altas taxas de transmissão viral.

Outra frente da operação atua no mapeamento de áreas reincidentes, com reforço nas visitas técnicas e nas ações de educação em saúde junto a moradores, síndicos e comerciantes. O trabalho é orientado por dados do sistema de notificação de arboviroses, cruzados com denúncias recebidas pela Ouvidoria Municipal e pelo aplicativo “Goiânia contra o Aedes”.

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