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sábado, 14 de junho de 2025
Saúde

Psyllium vira aliado do emagrecimento, mas exige cautela

Fibra solúvel ajuda na saciedade e no controle da glicemia

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 16 de maio de 2025
Psyllium vira aliado do emagrecimento, mas exige cautela. | Foto: Reprodução/Canva

Diante dos preços elevados de medicamentos como Ozempic e Wegovy, o psyllium tem ganhado notoriedade como uma alternativa natural e acessível para auxiliar no processo de emagrecimento. Embora contenha pequenas quantidades de proteínas, sais minerais e outros nutrientes, o maior valor do grão reside em sua casca, rica em fibras solúveis.

Essa característica já era explorada na Antiguidade por civilizações como a chinesa e a indiana, que utilizavam o psyllium no tratamento de distúrbios intestinais. No século XVI, registros históricos indicam que o alimento foi difundido na Europa, sendo reconhecido por suas propriedades semelhantes.

A partir da década de 1970, a literatura científica passou a registrar estudos mais aprofundados sobre o psyllium. Além de seus efeitos benéficos sobre o funcionamento intestinal, surgiram evidências relacionadas à regulação dos níveis de colesterol, ao controle da glicemia e ao aumento da sensação de saciedade.

No entanto, apesar de estudos apontarem que o psyllium pode contribuir para o prolongamento da saciedade, seus efeitos ainda são limitados quando comparados aos obtidos por meio de medicamentos. Mesmo assim, muitas pessoas optam por consumir a fibra por conta própria. Em excesso, no entanto, ela pode provocar desconforto abdominal, gases e até constipação. Quando bem orientado, o uso do psyllium pode ser um recurso valioso.

A substância é composta por fibras solúveis capazes de absorver água, formando uma espécie de gel no intestino. Esse processo retarda o esvaziamento gástrico, o que favorece uma sensação de saciedade mais duradoura.

Outro ponto importante é sua atuação no controle da glicemia, especialmente entre indivíduos com pré-diabetes ou diabetes tipo 2, uma vez que reduz a velocidade de absorção dos carboidratos, aliviando a demanda do pâncreas na produção de insulina.

Apesar de ser geralmente considerado seguro, o psyllium não é indicado para todas as pessoas. Entre as contraindicações estão crianças com menos de seis anos, indivíduos com hipersensibilidade à Plantago ovata e aqueles que apresentam distúrbios gastrointestinais ou dificuldade no controle do diabetes. 

Além disso, é fundamental manter uma hidratação adequada durante o uso da fibra, a fim de prevenir efeitos adversos como constipação ou desconforto abdominal. O consumo excessivo, aliado à ingestão insuficiente de água, pode intensificar quadros de intestino preso ou mesmo levar à obstrução intestinal.

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