Alego quer proibir uso de bebês reborn para fraudar atendimento prioritário
Proposta de lei quer coibir fraudes com bonecos hiper-realistas em filas e serviços públicos; deputado alerta para casos absurdos, como falso chamado de emergência em Goiânia

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) está analisando um projeto de lei que visa proibir o uso de bonecos hiper-realistas, conhecidos como “bebês reborn”, para obtenção indevida de benefícios destinados a pessoas com crianças de colo em serviços públicos e privados. A proposta, de autoria do deputado estadual Dr. George Moraes (PDT), aguarda análise na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).
Segundo o parlamentar, a medida busca combater fraudes em atendimentos prioritários, onde pessoas estariam utilizando os bonecos para simular a presença de um bebê verdadeiro, obtendo vantagens em filas de bancos, unidades de saúde e estabelecimentos comerciais. “Essa conduta fere o princípio da moralidade administrativa e prejudica os reais beneficiários da norma”, afirma o deputado na justificativa do projeto.
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Dr. George Moraes argumenta que, embora pareça inusitada, a prática tem sido registrada em várias partes do país. Para ele, é necessário criar uma norma que reforce os princípios da boa-fé e do respeito aos direitos de famílias que realmente precisam da prioridade legal. O parlamentar destaca que a proposta representa um avanço na garantia de lisura nos atendimentos públicos e privados.
Um dos casos mais curiosos envolvendo o tema viralizou recentemente em Goiânia. Um falso registro de atendimento da Polícia Militar relatava uma ocorrência de emergência para socorrer um bebê reborn supostamente engasgado. O sargento Uydson Costa, citado no documento, negou qualquer envolvimento e afirmou que tudo não passou de uma piada de mau gosto. O relato, repleto de inconsistências, chegou a mencionar um laudo sobre a “deficiência intelectual leve” dos supostos pais do boneco,