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Bonecos hiper-realistas

Alego quer proibir uso de bebês reborn para fraudar atendimento prioritário

Proposta de lei quer coibir fraudes com bonecos hiper-realistas em filas e serviços públicos; deputado alerta para casos absurdos, como falso chamado de emergência em Goiânia

Bruno Goulartpor Bruno Goulart em 23 de maio de 2025
Alego quer proibir uso de bebês reborn para fraudar atendimento prioritário
Foto: Divulgação/Arte Ryca

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) está analisando um projeto de lei que visa proibir o uso de bonecos hiper-realistas, conhecidos como “bebês reborn”, para obtenção indevida de benefícios destinados a pessoas com crianças de colo em serviços públicos e privados. A proposta, de autoria do deputado estadual Dr. George Moraes (PDT), aguarda análise na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).

Segundo o parlamentar, a medida busca combater fraudes em atendimentos prioritários, onde pessoas estariam utilizando os bonecos para simular a presença de um bebê verdadeiro, obtendo vantagens em filas de bancos, unidades de saúde e estabelecimentos comerciais. “Essa conduta fere o princípio da moralidade administrativa e prejudica os reais beneficiários da norma”, afirma o deputado na justificativa do projeto.

Leia mais: Bebês reborn expõem carência afetiva, disputas judiciais e uma nova forma de vínculo

Dr. George Moraes argumenta que, embora pareça inusitada, a prática tem sido registrada em várias partes do país. Para ele, é necessário criar uma norma que reforce os princípios da boa-fé e do respeito aos direitos de famílias que realmente precisam da prioridade legal. O parlamentar destaca que a proposta representa um avanço na garantia de lisura nos atendimentos públicos e privados.

Um dos casos mais curiosos envolvendo o tema viralizou recentemente em Goiânia. Um falso registro de atendimento da Polícia Militar relatava uma ocorrência de emergência para socorrer um bebê reborn supostamente engasgado. O sargento Uydson Costa, citado no documento, negou qualquer envolvimento e afirmou que tudo não passou de uma piada de mau gosto. O relato, repleto de inconsistências, chegou a mencionar um laudo sobre a “deficiência intelectual leve” dos supostos pais do boneco,

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