Cissa Guimarães vai toda semana ao local onde o filho morreu atropelado há 15 anos
Rafael Guimarães morreu aos 18 anos, atropelado em túnel na Zona Sul do Rio

A atriz Cissa Guimarães revelou, em entrevista ao programa Conversa com Bial, que visita semanalmente o túnel em que seu filho, Rafael Mascarenhas, morreu em 2010. O jovem, então com 18 anos, foi atropelado enquanto andava de skate no Túnel Acústico, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Desde então, segundo a atriz, ela realiza o mesmo gesto: leva flores ao local onde ocorreu o acidente. A prática se repete há 15 anos. O caso gerou comoção nacional à época e foi marcado por denúncias de corrupção e tentativa de encobrimento do atropelamento.
Entrevista de Cissa Guimarães
Durante a entrevista, Cissa enfatizou que não considera ter perdido o filho. Segundo suas palavras, ela ganhou 18 anos de convivência com Rafael. Em sua fala, ressaltou ainda o vínculo com os outros dois filhos e os netos, afirmando que o amor continua presente, apesar da ausência física do caçula.
No ano em que completa 68 anos, a atriz também abordou o tema em outra ocasião, no programa Sem Censura, da TV Brasil. Na data, relatou que não há superação para a perda de um filho. Disse que vive com o que chamou de “coração amputado” e que não espera ser plenamente feliz novamente.

Ainda durante a conversa, Cissa rejeitou o termo “superação”. Declarou que a dor da perda segue presente. Acrescentou que, mesmo diante do luto, procura encontrar razões para continuar. Afirmou que acredita ter uma missão de vida ligada à memória do filho e à continuidade da própria existência.
O atropelamento de Rafael ocorreu em 20 de julho de 2010. O local, fechado para manutenção, foi invadido por motoristas. Rafael, que estava com amigos, foi atingido por um carro em alta velocidade. O motorista foi condenado por homicídio culposo, mas cumpriu parte da pena em liberdade.
Desde então, o túnel passou a receber visitas frequentes de Cissa. As homenagens incluem flores, mensagens e momentos de silêncio. Segundo a atriz, o gesto é uma forma de manter vivo o vínculo com o filho e de reforçar o compromisso com a memória da juventude interrompida.