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sexta-feira, 13 de junho de 2025
Frente fria

Frente fria agrava estiagem em Goiás e acende alerta para incêndios e geadas

Com chuvas 80% abaixo da média e umidade em níveis críticos, estado enfrenta queda brusca nas temperaturas, riscos ambientais e perdas na produção agrícola

Micael Silvapor Micael Silva em 9 de junho de 2025
Frente fria agrava estiagem em Goiás e acende alerta para incêndios e geadas] Foto: Marcelo Camargo/ABr
Frente fria agrava estiagem em Goiás e acende alerta para incêndios e geadas] Foto: Marcelo Camargo/ABr

Goiás já entrou oficialmente no mês de junho, período tradicionalmente seco no estado. Segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), uma massa de ar frio de origem polar deve avançar sobre o estado a partir desta terça-feira (10), provocando queda significativa nas temperaturas, especialmente nas regiões Centro-Sul e Sudoeste. 

Em Goiânia, as mínimas podem ficar entre 14 °C e 16 °C, enquanto municípios como Jataí e Rio Verde devem registrar mínimas na casa dos 14 °C e máximas entre 30 °C e 31 °C.

Junho é caracterizado por estiagem consolidada, com pouca chance de chuva. O prognóstico para os próximos 15 dias aponta possibilidade de chuvas isoladas — fracas, com apenas 1 a 2 mm — em áreas do Centro-Sul e Sudoeste, entre os dias 2–4 e 9–10, seguidas por frio intenso por volta de 11 de junho. 

A umidade relativa, por sua vez, deve permanecer em patamares críticos, entre 20% e 35%, podendo cair abaixo de 20% em momentos prolongados sem chuva — índice considerado “estado de alerta” pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Completando 30 dias de seca, Goiás vive um cenário de estiagem severa. O volume de chuvas está cerca de 80% abaixo da média histórica neste período, agravando tanto os impactos no campo quanto o risco de incêndios florestais. De acordo com monitoramento da EarthDaily Agro, os registros deixaram de ultrapassar 0,5 mm em muitos pontos desde o início de junho.

No campo, a segunda safra de milho (safrinha) apresenta produtividade estimada em 91,6 sacas por hectare, queda significativa em comparação às 101,3 sacas da temporada anterior. A seca persistente traz também sérias consequências ambientais: vegetação ressecada facilita focos de incêndio, especialmente em áreas de cerrado e pastagens. A previsão de ventos fortes com as frentes frias pode ainda favorecer a propagação de queimadas.

Diante disso, órgãos estaduais seguem em alerta. Técnicos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semad) intensificam ações de vigilância nas áreas de risco, além de monitorar rios e nascentes na bacia do Meia Ponte. A Defesa Civil recomenda cautela: evitar queimadas, economizar água, manter vegetação viável nas APPs e estar preparado para geadas eventuais — previstas, inclusive, para parte do Centro‑Sul — caso o frio seja intenso o suficiente.

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