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segunda-feira, 7 de julho de 2025
Refugiados

Número de deslocados no mundo bate novo recorde e chega a 123 milhões, aponta Acnur

Segundo a Acnur cerca de 123,2 milhões de indivíduos foram deslocados de seus respectivos países de forma forçada

Lalice Fernandespor Lalice Fernandes em 13 de junho de 2025
Número de deslocados no mundo bate novo recorde e chega a 123 milhões, aponta Acnur
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O número de pessoas forçadas a deixar suas casas no mundo todo atingiu um novo recorde em 2024. Segundo relatório divulgado na sexta-feira (13) pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), cerca de 123,2 milhões de indivíduos foram deslocados por conta de conflitos armados, perseguições, crises humanitárias e violações de direitos humanos, um aumento de 7 milhões em relação a 2023.

Isso significa que, atualmente, uma em cada 67 pessoas no planeta vive em condição de deslocamento forçado. O relatório “Tendências Globais: Deslocamento Forçado em 2024” mostra que as maiores crises continuam concentradas em poucos países. Juntas, Sudão (14,3 milhões), Síria (13,5 milhões), Afeganistão (10,3 milhões) e Ucrânia (8,8 milhões) respondem por mais de um terço do total global.

A grande maioria dessas pessoas encontra abrigo em países com menos recursos: 73% dos refugiados e solicitantes de proteção internacional vivem em nações de baixa ou média renda. Entre os países que mais recebem refugiados, os menos desenvolvidos abrigam 23% do total. A proximidade geográfica também pesa: 67% dos deslocados permanecem em países vizinhos.

Em termos proporcionais à população, o Líbano é o país mais impactado, com um refugiado para cada oito habitantes. Aruba (1 em 9), Chade e Curaçao (1 em 16), e Jordânia (1 em 18) também figuram entre os países mais pressionados pela chegada de refugiados.

Na outra ponta, os Estados Unidos lideraram o número de novos pedidos individuais de refúgio em 2024, com 729,1 mil solicitações. Em seguida aparecem Egito (433,9 mil), Alemanha (229,8 mil), Canadá (174 mil) e Espanha (167,4 mil).

O relatório também destaca um dado alarmante: 40% dos deslocados são crianças, evidenciando o impacto profundo e duradouro das crises humanitárias nas populações mais vulneráveis.

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