As hepatites virais, doenças que afetam o fígado e podem evoluir de forma silenciosa, estão na Agenda 2030 da ONU como prioridade de saúde pública. Em julho, campanhas de conscientização ganham visibilidade com a cor amarela para alertar sobre riscos, sintomas e formas de prevenção. No Brasil, entre 2020 e 2023, foram 785.571 casos confirmados, sendo 40,6% do tipo C e 36,8% do tipo B, segundo o Ministério da Saúde.

O hepatologista Rafael Ximenes, reforça a importância do Julho Amarelo para ampliar o diagnóstico precoce e a vacinação. “As hepatites B e C podem evoluir de forma crônica e causar cirrose, câncer de fígado e outras complicações graves. Muitas vezes, são descobertas apenas em exames de rotina”, afirma. Ele lembra que as hepatites A, B e C são as mais comuns no país, com diferentes formas de transmissão.

Entre os sintomas mais frequentes estão cansaço excessivo, febre, dor abdominal, urina escura, fezes claras e pele amarelada. Já em estágios avançados, pode haver confusão mental e sangramentos digestivos. O diagnóstico é feito por testes rápidos disponíveis na rede pública e, para quem tem mais de 40 anos ou fatores de risco, o médico recomenda a testagem regular.

A hepatite A geralmente se resolve sozinha, enquanto a B pode ser controlada com antivirais. A hepatite C tem cura em mais de 95% dos casos com tratamento pelo SUS. A prevenção inclui vacinação, preservativo, higiene e cuidados com procedimentos que envolvam contato com sangue.