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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Setor elétrico

Leilão da Aneel garante novo investimento de R$ 441 milhões em transmissão de energia em Goiás

Com construção de 285 quilômetros de linhas e uma nova subestação no Vale do Araguaia, projeto deve gerar mais de 1.100 empregos e ampliar a segurança energética em regiões estratégicas de Goiás

Letícia Leitepor Letícia Leite em 4 de novembro de 2025
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Foto: Divulgação

A EDP, empresa do setor elétrico brasileiro, venceu o Lote 5 do Leilão de Transmissão 4/2025, realizado na última sexta-feira (31) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), na B3, em São Paulo. O projeto, que contempla 285 quilômetros de novas linhas de transmissão e uma subestação em Goiás, prevê investimentos da ordem de R$ 441,4 milhões e deve gerar mais de 1.100 empregos diretos e indiretos durante a fase de construção.

Com o novo empreendimento, a empresa adicionará uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 38,08 milhões ao seu portfólio e reforça o papel de Goiás como principal base operacional da EDP no País. O deságio de 49,18% obtido no certame reflete, segundo a companhia, a competitividade e a sinergia alcançadas com suas operações locais.

“As principais entregas a partir da licitação são a habilitação e a assinatura do contrato de concessão com a Aneel, que deve acontecer no início de 2026. Em paralelo, já vamos avançar nos estudos de engenharia e seguir com o fornecimento dos equipamentos, dos principais materiais, para o início de construção ainda em 2026”, explicou Daniel Sarmento, vice-presidente de Transmissão da EDP na América do Sul.

O Lote 5 conecta as subestações Firminópolis e Itapaci, ambas já sob gestão da EDP, e prevê a construção de uma nova unidade em Matrinchã, no Vale do Araguaia, região reconhecida por seu potencial turístico e agropecuário. O projeto deve atender à demanda reprimida de aproximadamente 130 megawatts, que hoje limita o avanço de atividades econômicas locais, especialmente do agronegócio e da geração solar fotovoltaica.

“O lote 5 é um projeto prioritário para abastecimento dessa região, que hoje tem demanda reprimida no local de aproximadamente 130 megawatts. Isso, na prática, é restrição de atividade econômica, seja por turismo, seja por principalmente o agronegócio. A gente entende que essa região tem um potencial agro ainda maior se nós tivermos abastecimento infra adequada para irrigação, secagem de grãos, que essa subestação vai ajudar”, destacou Sarmento.

Sinergia e expansão no Estado

Goiás
Foto: Divulgação/Aneel

A presença da EDP em Goiás é resultado direto da estratégia de consolidação da empresa no segmento de transmissão. Desde que venceu a privatização da Celg Transmissão, há três anos, a companhia fez do Estado seu centro de gravidade no setor. Atualmente, cerca de 90% dos colaboradores da área de transmissão estão em Goiânia e região metropolitana, coordenando projetos em vários Estados a partir da capital goiana.

No Leilão da CelgPar, realizado no início do mês, a EDP já havia vencido o Lote A, com investimento de R$ 83,6 milhões para construção de 152 quilômetros de linhas de transmissão, interligando Barro Alto, Itapaci, Trindade e Firminópolis. Com o novo lote, a empresa consolida um corredor energético estratégico que reforça a infraestrutura do interior goiano.

Impacto econômico e geração de empregos

Além do impacto na segurança energética, o novo empreendimento da EDP deve aquecer a economia regional com a geração de mais de mil empregos durante a construção. A companhia estima que parte significativa da mão de obra e dos fornecedores será local, incluindo empresas goianas responsáveis pelo fornecimento de materiais e pela execução das obras civis.

“90% dos nossos colaboradores estão em Goiânia e na região, e a partir dessa operação em Goiás, nós cuidamos dos outros Estados que nós temos atuado na operação, na construção, no desenvolvimento de novos projetos. Nós entendemos que o Estado de Goiás hoje oferece um ambiente bastante propício para negócio, é um Estado que tem um crescimento acima da média nacional, que demanda infraestrutura por sua atividade econômica, e nesse sentido, como a maior parte do nosso portfólio está em Goiás. Nós decidimos focar os nossos esforços no Estado, entregar a infraestrutura de qualidade segura, confiável, preparada para o futuro, para o Estado”, afirmou Sarmento.

Goiás no centro da estratégia nacional

A EDP investiu mais de R$ 7 bilhões em transmissão desde 2017, com obras em nove estados brasileiros, mas é em Goiás que a empresa concentra seus principais ativos e planos de expansão. “A EDP decidiu ter no estado de Goiás o seu centro de gravidade do negócio de transmissão no País”, reforçou o vice-presidente.

Presente em todas as áreas do setor elétrico — da geração à comercialização de energia —, a EDP segue alinhada à estratégia de ampliar redes robustas e preparadas para o futuro, integrando fontes renováveis e promovendo segurança e competitividade tarifária no sistema elétrico nacional.
Com o Lote 5, Goiás se consolida como o epicentro da operação da EDP no Brasil, abrigando parte expressiva de seus ativos, equipes e investimentos, e se posiciona como referência em infraestrutura energética e transição sustentável na região Centro-Oeste.

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