O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
OPINIÃO

Virgínia e Zé Felipe precisam dar aula à esquerda de como separar

Lula sofre nas pesquisas, em que vive a roda-gigante e agora está em fase de descida graças à campanha do PT e partidos aliados para tratar bandidos como coitadinhos, enquanto quem trabalha pena com tributos e violência

Nilson Gomespor Nilson Gomes em 14 de novembro de 2025
Virgínia
Foto: Divulgação

A frase do ano é do cantor Zé Felipe, filho de Leonardo. Perguntado sobre a divisão depois após se separar da influencer e apresentadora Virgínia Fonseca, namorada do jogador Vini Jr., respondeu que quem deve cuidar disso é quem entende de Direito, o advogado: “Eu parei na sétima série, a Virgínia acabou o ensino médio na empurrada”. O goiano perdeu a companheira, ganhou uma ainda melhor e mostrou que não entende só de mulher, mas também de sobrevivência: o que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz com a República ouvindo esquerdistas a respeito de combate à violência? Esse pessoal parou antes da sétima série em relação a segurança pública, não alcança o ensino médio nem empurrando o País ladeira abaixo.

O antecessor de Lula 1, Fernando Henrique Cardoso, analisou em livro que existe a galera de ir atrás de voto e a de governar, quem serve para a campanha não necessariamente será útil no governo. Por isso, o presidente tomou posse no 3º mandato ao mesmo tempo em que embarcou numa roda-gigante. Olha-se e ele está no alto, acenando rumo a um ótimo desempenho que lhe garanta a reeleição. Pisca-se. Olha-se novamente e já está lá embaixo, brigando com os índices das pesquisas. Essa montanha-russa é insuportável até para um maníaco do parque, quanto mais para um octogenário. A solução é o presidente ouvir menos a companheirada e mais o filho de Leonardo: esquerdista não entende de segurança pública porque seu lado é sempre o do malfeitor, considerado por ele uma vítima da sociedade.

Lula já pensou assim. Não pensa mais. Mudou. Só que é tanto petista, psolista, índio, quilombola, socialista, sociólogo, militante, natureba na sua cabeça o dia inteiro que acaba cometendo ato-falho. Foi o caso da frase que o está derrubando nos levantamentos dos institutos de aferição de popularidade: “Os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também”. Lula já achou isso. Não acha mais. Mudou. Só que… não. O contexto quem faz são os amigos, o presidente apenas o repete como autômato. Esse é um ângulo. No outro está o Centrão, com outras figuras execráveis recém-transformadas em lulistas fanáticos, até porque quem compreende o ladrão que rouba um celular para garantir a cervejinha da noite muito mais motivos terá para entender quem adere em troca de um ministério ou da diretoria de um banco público.

Presidente refém da companheirada

O presidente estaria refém de seus próximos? Se sim, mais uma vez. Se não, pela primeira vez. Nos episódios em que os esquerdistas são consultados sobre o combate à criminalidade, surge logo a rima com desigualdade. Querem nem saber se alguém que vive do comércio de drogas tem recuperação – na verdade, não tem, e eventual exceção só confirma a regra. Esse gargalo de fundamentação real continua tragando um sujeito experimentado igual a Lula. Nesse particular, o chefe do Executivo federal é menos feliz em suas declarações que qualquer de seus auxiliares, eméritos boquirrotos de frases feitas passando pano para marginal.

Todos os opositores de Lula conhecem essa sua fraqueza e o fustigam acerca do tema. Dos governadores pré-candidatos a presidente ou a vice, 100% investiram na guerra às drogas, no endurecimento das patrulhas e no discurso áspero. O petista não consegue se livrar dessa maldição que acompanha os socialistas, o de considerar o criminoso no mesmo circuito que o dramaturgo alemão Bertolt Brecht, que considerava muito mais bandido um banqueiro que um assaltante de banco.

Quem estudou mais foi à 7ª

Lula estudou até a 4ª série primária. Zé Felipe, até a 7ª. Mas não é por isso que o cantor expeliu a frase do ano e o presidente vira e mexe está soltando pérolas sem quebrar a ostra: seu entrave é ser de esquerda. E o da esquerda é viver perigosamente na contramão da lei.

Libertar todos os presos, acabar com a PM, legalizar as drogas…

Como seria o Brasil se a esquerda mandasse nos Três Poderes, na imprensa, nas igrejas e na sociedade? Não que ainda não mandem, mas seria esquisito se fosse possível fazer com o Brasil tudo o que quisessem os socialistas, petistas, comunistas, esquerdistas ou qualquer apelido que se dê ao pessoal atualmente no Palácio do Planalto.

Virgínia
Foto: Foto Bruno Peres/ ABr

Drogas? Legalizariam todas, inclusive a cocaína e seu subproduto mais letal, o crack.

Religião? A esquerda vai de ateus a católicos da Pastoral da Terra, de judeus a evangélicos do 3º Comando Puro, a facção que se desligou do Comando Vermelho e o enfrenta – foi para apartar uma briga dos dois ajuntamentos criminosos que as Polícias do Rio de Janeiro invadiram os complexos do Alemão e da Penha, onde foram recebidas por 400 bandidos armados de fuzil e drones atiradores de granada.

Economia? Tributar quem tiver a ousadia de abrir um negócio para gerar emprego, pois não se pode aceitar impunemente a exploração da mais-valia. Combater o desemprego distribuindo bolsas e mantendo dezenas de outros programas sociais, para atingir a meta da estratégia 80/20, 80% de inscritos no Cadastro Único e 20% trabalhando para sustentar o Brasil. Se você achar que já estamos vivendo essa realidade, você é um bolsonarista e merece ficar 17 anos na Papuda.

Política carcerária? Libertar todos os detentos, menos os do 8 de Janeiro, pois não há maior prisão que ter de acordar cedo, trabalhar, voltar para casa e dormir para acordar cedo no dia seguinte e voltar a trabalhar. O ócio remunerado pelo governo é o objetivo a ser atingido.

Propriedade? É um roubo. Todos os bens duráveis devem ser do Estado.

Você acha que há aqui algum exagero? Leia os livros e estatutos dos partidos e das organizações que estão até com pastas na Esplanada dos Ministérios. Esse é um dos problemas para o presidente Lula resolver, caso queira. 

 

Siga o Canal do Jornal O Hoje e receba as principais notícias do dia direto no seu WhatsApp! Canal do Jornal O Hoje.
Tags:
Veja também