Os deputados goianos aprovaram, em segunda votação, nesta segunda-feira (17), durante sessão ordinária da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o projeto que torna o Movimento Legendários um patrimônio cultural imaterial do Estado. A matéria segue agora para sanção do governador Ronaldo Caiado.

A proposta, de nº 23152/25, é de autoria do deputado Coronel Adailton (SD). Além do reconhecimento oficial, o texto também institui o Dia Estadual do Movimento Legendários, proposto para ser comemorado no dia 23 de julho.

De acordo com o parlamentar, o objetivo da iniciativa é valorizar o grupo como uma manifestação de natureza cultural e social, destacando sua atuação no fortalecimento emocional, comunitário e no desenvolvimento pessoal dos participantes. Embora seja frequentemente citado ao lado de práticas espirituais, o movimento não é classificado como uma vertente religiosa.

Deputados que votaram SIM

Alessandro Moreira (PP)
Amauri Ribeiro (UB)
Anderson Teodoro (AVANTE)
André do Premium (AVANTE)
Bia de Lima (PT)
Bruno Peixoto (UB)
Clécio Alves (REP)
Coronel Adailton (SD)
Cristiano Galindo (SD)
Gustavo Sebba (PSDB)
Henrique César (PODE)
Jamil Calife (PP)
José Machado (PSDB)
Júlio Pina (SD)
Lineu Olímpio (MDB)
Luca Calil (MDB)
Lucas do Vale (MDB)
Mauro Rubem (PT)
Rosângela Rezende (AGIR)
Rubens Marques (UB)
Talles Barreto (UB)
Vivian Naves (PP)
Wilde Cambão (PSD)

O que se sabe do Movimento Legendários

Segundo Coronel Adailton, o Movimento Legendários foi criado em 2015 na Guatemala e chegou ao Brasil em 2017, encontrando, em Goiás, um terreno fértil para sua expansão. A iniciativa é voltada exclusivamente para o público masculino e promove retiros espirituais ao ar livre, em locais, como o Parque Estadual dos Pireneus.

Durante esses encontros, os participantes, segundo o parlamentar são envolvidos em atividades que combinam oração, meditação, preleções bíblicas e dinâmicas de autoconhecimento, com o objetivo de fortalecer aspectos espirituais, emocionais e físicos.

O deputado enfatiza, na justificativa do projeto, que os participantes, chamados de “legendários”, são estimulados a adotar os valores de amor, honra e unidade (AHU). O processo de imersão culmina com uma “peregrinação na montanha” e o “grito dos legendários”, um ato simbólico que sela o compromisso dos participantes com os princípios da fé cristã, da fraternidade e da responsabilidade social.

De acordo com informações e relatos de membros do próprio grupo, as atividades oferecidas pelo Legendários são conhecidas como Track Outdoor de Potencial (TOP). Trata-se de imersões intensivas focadas em desafios físicos, trilhas, acampamentos e dinâmicas voltadas ao autoconhecimento e ao desenvolvimento pessoal. Os programas costumam durar de três a quatro dias, com valores que variam de R$ 450 a R$ 81 mil, dependendo do local, da estrutura e do nível da experiência.

Leia mais: Deputada propõe mudar nome de cachoeira no Mato Grosso em homenagem ao movimento Legendários