Moraes já decretou 5 prisões por violação da tornozeleira em ações do 8 de Janeiro
A última ordem foi expedida no sábado contra Jair Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), já decretou prisão preventiva de réus do 8 de Janeiro por violação de tornozeleira pelo menos cinco vezes no último ano. No sábado (22), a decisão foi tomada contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no âmbito de um processo que apura coação à Corte. Bolsonaro admitiu ter queimado o aparelho com ferro de solda em casa, durante a prisão domiciliar.
Em agosto, Moraes ordenou a prisão de Diego Dias Ventura, suspeito de liderar o acampamento golpista na porta do Quartel-General do Exército, em Brasília. Ventura fugiu e sua tornozeleira ficou desligada por um mês, segundo a decisão.
No mês anterior, duas idosas voltaram para a cadeia depois de cometerem irregularidades no monitoramento. Iraci Megumi Nagoshi saiu de casa sem autorização para musculação, hidroginástica e pilates, de acordo com o processo. Vildete Ferreira da Silva Guardia descumpriu as medidas cautelares “deliberadamente”, escreveu Moraes.

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Arthur André Silva Martins, outro réu por participação nos atos golpistas, ficou 285 dias com a tornozeleira eletrônica desligada e, como consequência disso, voltou para a penitenciária em abril. “O réu insiste em desrespeitar as medidas cautelares impostas nestes autos e referendadas pelo plenário do Supremo”, afirmou o ministro.
Em fevereiro do ano passado, o alvo da decisão de Moraes por violar a tornozeleira foi Márcio Rafael Marques Pereira. O réu assinou um acordo com a Procuradoria-Geral da República, em que se comprometeu a prestar 150 horas de serviços comunitários, entre outras medidas. (Especial para O HOJE)