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quinta-feira, 4 de dezembro de 2025
inss x banco master

Damares Alves pressiona Banco Master na CPMI do INSS com série de novos requerimentos

Senadora pede convocação de dirigentes e quer acesso a sigilos do CEO da instituição, em meio a suspeitas sobre contratos de crédito consignado

Thais Airespor Thais Aires em 2 de dezembro de 2025
damares
Senadora Damares Alves, sobre CPMI do INSS: "Tudo precisa ser investigado". (Foto: Jefferson Rudy)

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) iniciou a semana apresentando seis novos requerimentos na CPMI do INSS, voltados ao Banco Master. Os pedidos, protocolados nesta segunda-feira (1º), incluem a convocação de dirigentes da instituição financeira e a quebra dos sigilos bancário e telemático do CEO Daniel Vorcaro. A Comissão Parlamentar Mista investiga possíveis fraudes em operações de crédito consignado destinadas a aposentados e pensionistas.

Os documentos apresentados pela parlamentar tratam de suspeitas envolvendo contratos firmados sem autorização dos beneficiários. Esse tipo de irregularidade tem sido um dos focos da CPMI desde o início dos trabalhos. Segundo Damares, os requerimentos pretendem detalhar procedimentos e esclarecer se houve práticas que possam ter afetado segurados do INSS.

Requerimentos miram dirigentes do banco

Entre os nomes solicitados para depor estão Daniel Vorcaro, CEO do Banco Master; Ângelo Antônio Ribeiro da Silva, diretor da instituição; Augusto Ferreira Lima, ex-CEO e sócio do banco e atualmente controlador do Banco Pleno; e Luiz Antônio Bull, diretor responsável pelas áreas de Riscos, Compliance, Recursos Humanos, Operações e Tecnologia.

Nos documentos, a senadora explica que o Banco Master mantém Acordo de Cooperação Técnica com o INSS para ofertar crédito consignado. Ela menciona ainda que a instituição aparece com frequência entre as empresas com maior número de reclamações na plataforma Consumidor.gov.br, administrada pelo Ministério da Justiça. As queixas, segundo a parlamentar, envolvem principalmente crédito consignado, cartão consignado e Reserva de Margem Consignável (RMC).

Damares cita padrão de relatos de consumidores

Damares afirma que “a recorrência desses relatos expõe problemas que afetam diretamente consumidores e beneficiários do INSS”. Segundo ela, a repetição do tipo de queixa indica a necessidade de investigar procedimentos adotados pela instituição no relacionamento com aposentados e pensionistas.

Outro ponto destacado pela senadora é o pedido de quebra dos sigilos bancário e telemático de Daniel Vorcaro. Nos requerimentos, ela argumenta que a medida pode auxiliar na apuração de possíveis práticas ilícitas associadas às suspeitas levantadas pela comissão, incluindo lavagem de dinheiro, corrupção e atuação de organização criminosa. Os pedidos apresentados ainda precisam ser analisados pelos membros da CPMI.

A investigação conduzida pelo colegiado tem como objetivo examinar fraudes associadas a benefícios do INSS, especialmente contratos realizados sem consentimento expresso dos segurados. A oferta de crédito consignado — modalidade em que as parcelas são descontadas diretamente do benefício — faz parte das atividades autorizadas pelo Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o INSS e instituições financeiras participantes.

A plataforma Consumidor.gov.br, usada como referência pela senadora, permite o registro de reclamações diretamente às empresas. O Banco Master aparece com frequência no ranking de instituições mais acionadas por consumidores que denunciam problemas relacionados a consignado e serviços vinculados à margem consignável. As informações são públicas e podem ser consultadas no sistema do Ministério da Justiça, que administra o portal.

Os nomes listados nos requerimentos já ocuparam ou ainda ocupam posições estratégicas na instituição financeira. Daniel Vorcaro, atual CEO, está no centro dos pedidos encaminhados, que incluem a convocação para depoimento e o acesso a seus dados bancários e telemáticos. Ângelo Antônio Ribeiro da Silva, diretor do banco, também foi citado como pessoa a ser ouvida pela comissão. Augusto Ferreira Lima, ex-CEO e sócio do Master, atualmente controlador do Banco Pleno, está entre os convocados solicitados. Já Luiz Antônio Bull responde por áreas como Riscos, Compliance e Tecnologia dentro da instituição.

 

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