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sábado, 23 de novembro de 2024
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Memória Institucional

Enquanto o STF preserva cuidadosamente as lembranças, Congresso e Palácio do Planalto parecem optar pelo silêncio

Exposições de peças danificadas e pontos de memória no STF buscam documentar e ressignificar o sombrio episódio de 8 de janeiro

Postado em 8 de janeiro de 2024 por Davih Lacerda

No último ano, a Agência Pública investigou como os prédios mais emblemáticos do Brasil lidaram com as lembranças da invasão ocorrida em 8 de janeiro de 2023. Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) abraça a preservação da memória, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto parecem optar pelo silêncio, deixando de mencionar detalhes sobre os danos sofridos durante os atos golpistas.

No STF, a destruição é recordada em cada canto, desde salas até corredores, destacando a grande quantidade de vidraças danificadas. Exposições de peças danificadas e pontos de memória documentam o sombrio episódio de 8 de janeiro, buscando evitar que esse dia seja esquecido ou banalizado com o tempo. A presidente do tribunal na época, ministra Rosa Weber, enfatizou o compromisso inabalável com a reconstrução, frase que agora está eternizada em um museu do palácio.

Enquanto isso, o Congresso e o Planalto parecem escolher o caminho oposto, minimizando os eventos em suas narrativas oficiais. Os guias nas visitas ao Congresso respondem a perguntas sobre os danos, mas o roteiro oficial evita mencionar o 8 de janeiro. O Palácio do Planalto, por sua vez, exclui a referida data de seu roteiro de visitação.

A discrepância nas abordagens ressalta a complexidade de lidar com momentos críticos da história recente do país. No próximo dia 8, um ato chamado “Democracia Inabalada” reunirá cerca de 500 convidados no Congresso, marcando um ano dos ataques golpistas em Brasília. A reflexão sobre essas diferentes narrativas institucionais destaca o desafio que as instituições enfrentam ao confrontar e ressignificar eventos tão impactantes em sua trajetória.

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