ONU libera US$ 100 mi para ações subfinanciadas
Verba vai beneficiar mais de quatro milhões de pessoas na África Central e Oriental, na Líbia, no Mali e na Coreia do Norte. Populações enfrentam diferentes desafios
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, aprovou, nesta sexta-feira (29), a liberação de 100 milhões dólares do Fundo Central de Resposta de Emergência das Nações Unidas (CERF) para operações humanitárias em nove crises onde a assistência está “severamente subfinanciada”. A verba vai fortalecer ações que atendem a populações vulneráveis na África Central e Oriental, na Líbia, no Mali e na Coreia do Norte.
Do total de recursos, cerca de 64 milhões serão destinados a organizações parceiras que atuam junto às crises de deslocamento provocadas por conflitos e pela violência em nações africanas, como o Sudão do Sul, a República Democrática do Congo e o Burundi. O financiamento permitirá assistir cerca de 1,7 milhão de refugiados, pessoas internamente deslocadas e habitantes de comunidades anfitriãs no Burundi, na Etiópia, no Quênia, no Sudão, na Tanzânia e em Uganda.
Outros 12 milhões de dólares vão permitir a agências humanitárias atender às necessidades de até 350 mil pessoas na Líbia, que foram afetadas pelo conflito no país e enfrentam insegurança alimentar. No Mali, um montante de 16 milhões vai beneficiar até 300 mil maleses, em especial, os que moram no norte do país. Para a Coreia do Norte, serão disponibilizados 8 milhões, quantia que tornará possível a entrega de ajuda para 2,2 milhões de pessoas, das quais 1,8 milhão são crianças que precisam de assistência nutricional.
Para Ban Ki-moon, o orçamento “é uma demonstração concreta de nosso compromisso compartilhado para não deixar ninguém para trás”. A ONU considera o Fundo Central uma das maneiras mais rápidas e eficazes para apoiar ações humanitárias durante o começo de crises. Segundo o coordenador de Emergências das Nações Unidas, Stephen O’Brien, “essas contribuições do CERF vão ajudar a manter a assistência e a proteção que salvam vidas em emergências onde as necessidades das comunidades mais vulneráveis são alarmantemente altas, mas os recursos que nos permitem enfrentá-las permanecem pequenos”.