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terça-feira, 26 de novembro de 2024
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Lei de Abuso de Autoridade

Renan pretende convidar Moro para discutir Lei de Abuso de Autoridade

Renan disse que também pretende convidar para o debate público o procurador-geral da República, Rodrigo Janot

Postado em 10 de novembro de 2016 por Toni Nascimento
Renan pretende convidar Moro para discutir Lei de Abuso de Autoridade
Renan disse que também pretende convidar para o debate público o procurador-geral da República


O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje (10) que pretende convidar o juiz federal Sérgio Moro, que julga a Operação Lava Jato, para discutir o projeto que altera o texto da Lei de Abuso de Autoridade (Lei 4.898/1965). Moro já fez críticas públicas à proposta.

Renan disse que também pretende convidar para o debate público o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, representantes da Polícia Federal, do Judiciário e da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe). A Ajufe também fez criticas ao projeto, que classificou como uma tentativa de intimidar os juízes. 

Segundo Renan, a participação de todos qualificaria o debate e aperfeiçoaria o processo legislativo. O presidente do Senado ressaltou que é preciso discutir o assunto, pois a lei de abuso de autoridade vigente é de 1965.

“Acho que é hora de avançarmos, garantirmos a transparência, cobrarmos responsabilidade de quem abusou, ninguém de bom senso defende o abuso de autoridade”, disse o presidente do Senado. “A melhor maneira de colaborar com o processo legislativo e com o aperfeiçoamento institucional é debatendo no Legislativo, então, vamos chamar essas pessoas, convidá-las, e espero que elas venham”, completou.

Renan informou que a intenção é decidir quem será o relator da matéria na reunião de líderes partidários da próxima semana.

No mês passado, Moro afirmou que a proposta sobre o abuso de autoridade é um "atentado á independência da magistratura. O juiz declarou que é preciso criar salvaguardas para deixar claro que a norma não pode punir juízes pela forma como interpretam as leis em suas decisões. "Do contrário, vai ser um atentado à independência da magistratura", disse.

O PLS 280/2016, que define os crimes de abuso de autoridade, é de autoria de Renan Calheiros. O texto prevê que servidores públicos e membros do Judiciário e do Ministério Público possam ser punidos caso sejam determinadas prisões “fora das hipóteses legais", como ao submeter presos ao uso de algemas sem que apresentem resistência à prisão e fazer escutas sem autorização judicial, atingindo “terceiros não incluídos no processo judicial ou inquérito”.

(Agência Brasil)

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