Congresso continuará votando questões fundamentais para o país, diz Meirelles
O ministro disse que continua com agenda intensa de trabalho e reuniões com lideranças
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse
acreditar que o Congresso Nacional continuará votando os projetos fundamentais
para o país, como as reformas trabalhista e a da Previdência, apesar da crise
política. “Esta é a agenda em que o Brasil está engajado e vai continuar,
independentemente de qualquer coisa.”
Meirelles discursou durante o seminário Financiamento
e Garantias para a Infraestrutura, promovido pela Associação Brasileira de
Desenvolvimento e Indústria de Base (ABDIB) na capital paulista, e deixou o
local sem falar com a imprensa.
O ministro disse que continua com agenda intensa de
trabalho e reuniões com lideranças, empenhado na aprovação das reformas.
“Estou, de fato, trabalhando dia e noite”, declarou. Segundo ele, o presidente
da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretende votar a reforma da
Previdência nas próximas semanas.
Desde a última quarta-feira (17), quando vieram à
tona denúncias sobre o suposto esquema de pagamento de propina e troca de
favores com empresários do grupo JBS, no âmbito das investigações da Lava Jato,
o Congresso teve atividades suspensas ou canceladas e não votou nenhuma medida.
Mudanças na aposentadoria
Durante sua apresentação, Meirelles rebateu
críticas à reforma da Previdência, entre elas a de que a mudança vai
privilegiar os mais ricos. “Ao contrário. Hoje, os 20% de menor renda na
população não conseguem contribuir os 35 anos com carteira assinada, porque
acabam recorrendo ao mercado informal. Os pobres tendem a aposentar por idade.
Vão contribuir mais aqueles com renda um pouco mais elevada”, argumentou.
Para o ministro, à medida que os gastos públicos diminuírem,
a taxa de juros estrutural da economia deve cair. “No Brasil, ela é muito alta,
sabemos disso”, disse. O Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas do país)
também crescerá, na avaliação de Meirelles. A projeção dele para o período de
2018 a 2027 é de alta de 3,7% caso as reformas sejam aprovadas; e de 2,3% sem
aprovação das reformas.
(Agência
Brasil)